Crítica: Sem Saída (Abduction)

8 de novembro de 2011 0 Comente Aqui!

Após fazer sucesso, como o Lobo, nas adaptações da série Crepúsculo, Taylor Lautner (Idas e Vindas do Amor, Eclipse) continua tentando se demonstrar um ator capaz de fazer outros tipos de filmes e desta vez aparece no cinema em um longa de ação e suspense. Existe uma certa resistência por parte do público com relação ao jovem de 19 anos, que ficou estigmatizado por suas atuações como Jacob e pelo fato de que estar sem camisa ter se tornado sua melhor arma para arrancar gritos, suspiros e dinheiro de meninas que circundam os 15 anos de idade. A verdade é que ele ainda tem muito a aprender, mas não é tão horrível como pregam. Sem Saída é uma espécie de adaptação teen de A Identidade de Bourne e pode ser resumido como um filme de ação como outro qualquer, que não tem a sua frente um Matt Damon (Contágio, Os Agentes do Destino) ou Jason Statham (Blitz- Sem Remosos, Assassino a Preço Fixo).

A história gira em torno de Nathan, um jovem com impulsividade agressiva e que se destaca quando o assunto é esportes e artes marciais. Meio tímido e meio deslocado do mundo em que habita, ele começa a desconfiar se realmente faz parte daquela realidade ou se tudo não passa de uma farsa. Um dia na escola, ele foi escolhido para formar dupla com Karen, seu antigo amor, e juntos eles teriam que fazer uma apresentação sobre crianças desaparecidas. Enquanto faziam essa tarefa, curiosamente Nathan encontrou uma foto sua em um site de pessoas desaparecidas e logo seu mundo virou de cabeça para baixo. Começa nesse momento uma fuga incessante contra assassinos e é iniciado um jogo de guerra por informações e espionagem. Sem saber de seu passado e no meio disso, o jovem tenta sobreviver e garantir a sobrevivência de quem ama. 

A introdução da história é muito bem trabalhada e chegou a dar a impressão de que estaríamos diante de mais um belo trillher de descobrimento do passado e fuga de assassinos. O problema é que a medida que o tempo foi passando, as soluções encontradas pelos roteiristas foram sendo cada vez mais óbvias e a coisa repetitiva foi se tornando chata. Tudo segue aquele padrão, o jovem descobre que não é quem pensa,  tem sua casa atacada e foge levando consigo a garota que será o amor de sua vida.  A atuações estão bem razoáveis e nenhum delas chega no nível esperado. O protagonista não consegue se demonstrar mais do que esforçado e seu par romântico até que possui uma química, mas mesmo assim nada enriquecedor. Alfred Molina (Magnólia, Educação) está no piloto automático e passa o filme todo correndo de um lado para o outro repetindo praticamente a mesma fala. Sigourney Weaver(Avatar) aparece muito pouco, mas é outra que não demonstra estar a vontade com a trama. As melhores atuações são dos atores Jason Isaacs (Zona Verde, Harry Potter e As Relíquias de Morte) e Maria Bello (Obrigado por Fumar, Gente Grande), mas muito pouco tempo lhes deram para trabalhar. 

Pelo menos as cenas de ação estão bem feitas e arquitetadas, garantindo ao espectador a adrenalina necessária para lhe manter atento até o fim. A verdade é que apesar de tantos problemas, este é um filme que irá prender a atenção do público e terminará agradando a alguns menos exigentes. As boas lutas irão agradar quem vai para uma sessão procurando apenas isso e as fãs de Lautner sairão felizes, pois não faltará cenas com o astro sem camisa e batendo nos outros. 

Cinema Detalhado: 5,5
IMDB: 4,0
Rotten Tomatoes: 3,3

Trailer do Filme:

0 Comente Aqui! :

 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...