Crítica: Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of the Planet of the Apes)
Quem acompanha o nosso blog sabe o quanto aguardávamos a estréia de Planeta dos Macacos: A Origem, especialmente depois das boas críticas e do resultado positivo nas bilheterias nos EUA. A direção "caiu" nas mãos do quase desconhecido Rupert Wyatt. Mas antes de fechar com jovem inglês o estúdio sondou outros nomes incluindo Kathryn Bigelow (vencedora do Oscar por Guerra ao Terror) e Robert Rodriguez diretor super pop de produções como Predadores, Grindhouse entre outras.
Wyatt contou com um bom e versátil elenco incluindo atores jovens em ascensão como James Franco (O Besouro Verde, Your Highness e 127 Horas), Freida Pinto (Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos) e Tom Felton (Draco Malfoy da série Harry Potter). Para completar o elenco alguns veteranos como John Lithgow e Brian Cox (Red - Aposentados e Perigosos, X-Men 2). Mas a maior adição ao elenco com certeza foi a presença de Andy Serkins para dar movimento ao personagem César, ele anteriormente fez os movimentos de Gollum em Senhor dos Anéis e King Kong no filme de mesmo nome.
No filme acompanhamos Will (James Franco) um cientista que busca a cura para o Mal de Alzheimer para ajudar o seu pai (John Lithgow) que sofre com a doença. Quando um experimento dá errado Will leva trabalho para casa o que incluí um chimpanzé e uma droga experimental que pode ajudar o seu pai. Ao longo do tempo Will percebe que o chimpanzé César (Andy Serkins) esta "infectado" com o remédio e apresenta um desenvolvimento cognitivo impressionante. O tempo passa enquanto Will, César e seu pai vivem como família até que o remédio deixa de fazer efeito e um acidente vai mudar significativamente a vida de todos.
Gosto muito quando as refilmagens, sequências ou reboots prestam homagens as produções que se basearam e isto ocorrem em vários momentos neste filme. Por exemplo; o nome dado a mãe de César é "Bright Eyes", devido à coloração nos olhos causada pelo vírus ALZ-112. "Bright Eyes" também foi o nome dado a Taylor (Charlton Heston) pelo Dr. Zira (Kim Hunter), no Planeta dos Macacos original. Já o nome do personagem de Tom Felton é Dodge Landon, uma clara referência para os personagens Dodge (Jeff Burton) e Landon (Robert Gunner), colegas de Taylor (Charlton Heston) em Planeta dos Macacos. E por último em uma cena, César está montando um quebra-cabeças da Estátua da Liberdade, em referência a última cena do longa original de Planeta dos Macacos.
Planeta dos Macacos: A Orgiem faz um releitura interessante sobre o mito do filme original que sustenta o seu argumento em uma guerra nuclear. Este era um pensamento recorrente durante a Guerra Fria, mas que hoje a cada dia que passa se torna mais distante da realidade em nosso mundo globalizado. A nova explicação é o vírus ALZ - 113 e as repercussões da "revolta" dos macacos. Mas isto é só o enredo base do filme, o que prende o espectador mesmo é a forma como esta história foi bem contada.
O longa nos dá o devido tempo para nos afeiçoarmos com os personagens nos conectando com a jornada de cada um deles. A atuação de Serkins como sempre é fantástica e o cuidado com que Wyatt nos conta a sua história também torna este filme tão especial. Os primeiros filmes da série Planeta dos Macacos se tornaram clássicos da ficção científica, mas este filme como produção é mais completo. Planeta dos Macacos: A Origem é um filme de muita qualidade, que deve agradar a gregos e troianos; torço para que as sequências desse reboot mantenham a mesma qualidade.
Nota: 10,0
Trailer:
Texto de
Equipe Cinema Detalhado
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
7 Comente Aqui! :
Parece ser bom como filme de ação, mas duvido que chegue aos pés do original.
http://cinelupinha.blogspot.com/
Dê uma chance Rafa, você pode se surpreender positivamente. E compare esse mais com o prelúdio "Caesar: Rise of the Apes" do que com o filme original mesmo. Mas eu lhe digo, é um filmaço!
Pois é... acho que não se deve comparar com as versões anteriores, principalmente a de 1968. Até porque são abordagens diferentes, em espaços diferentes. É, de fato, um prelúdio a tudo o que foi mostrado.
Parabéns pelo texto! Muito bacana. Quanto às referências, eu lembrei de uma bastante leve... quando o personagem de Felton usa um jato de água em Cesar lembra o mesmo que os Símios faziam com Taylor no original.
Também escrevi um texto sobre o filme. Se puder dar uma olhada, eu ficaria honrado: http://pensandoimagemesom.blogspot.com/2011/08/review-planeta-dos-macacos-origem.html
Há braços
Paulo Montanaro
Blog Pensando Imagem e Som
Amanhã assisto o filme.
"Gosto muito quando as refilmagens, sequências ou reboots prestam homagens as produções que se basearam e isto ocorrem em vários momentos neste filme." você foi perfeito nessa parte.
Adoro Tim Burton por fazer isso, em minha visão.
Obrigado pela força Paulo e Renatão!
Realmente os macacos no original jogavam água em Taylor, boa lembrança.
Gosto muito do Tim Burton também Renato, fui um dos poucos que não detestou a versão dele que foi uma releitura interessante também.
Dos melhores do ano fácil...muito bem feito, escrito e dirigido.
Gostei, mas confesso que esperava um pouco mais.
O Falcão Maltês
Postar um comentário