Crítica: Besouro Verde (The Green Hornet)

20 de fevereiro de 2011 2 Comente Aqui!

Besouro Verde é a adaptação de uma antiga série de televisão de meados dos anos sessenta, que além de ter feito sucesso em sua época, ficou marcada por ser a responsável por lançar ao mundo Bruce Lee, interpretando o fiel parceiro do herói, Kato. Esta nova adaptação está sendo lançada principalmente pelo esforço do comediante Seth Rogen (O Segurança Fora de Controle), que produziu, escreveu o roteiro e ainda emagreceu para interpretar o personagem principal. Achei a história do Besouro um pouco similar a de Batman, mas sua execução na grande tela não chega nem perto da do Homem Morcego.

Nesta trama, Britt Reid é filho de um cultuado jornalista e dono do melhor jornal local, que ao longo da vida acumulou uma riqueza capaz de manter o filho vivendo de festas, farras e pegações em carros importados. Apesar de terem a relação complicada, a morte do pai causou em Britt um momento de reflexão. Ele se notou uma pessoa muito mimada e sem perspectivas de vida. Logo no primeiro dia sozinho no mundo, ele percebeu que seu mimo era tanto, que até mesmo o seu café precisava ser feito de uma forma toda especial e aí surge para a história seu novo amigo e fiel parceiro Kato, que era um dos melhores empregados da casa e quem ele jamais conheceu enquanto seu pai ainda era vivo. Eles se tornaram amigos e decidiram sair para fazer baderna na noite, se meteram em problemas e após descobrir que seu mais novo colega era perito em artes marciais, Britt decidiu que era hora de vestir uma mascara e fazer justiça. 

A idéia nesta adaptação era fazer um super-herói cômico, que seria capaz de atingir um público muito grande. O personagem principal é todo atrapalhado com este intuito, mas a questão é que apesar de ser uma contínua metralhadora de piadas, Seth Rogen, que ainda tem muito que provar, não consegue fazer muita graça e termina sendo chato e repetitivo. Kato, que já foi interpretado por um mestre do cinema, agora está nas mãos de um ator pouco convincente e que não consegue dar ao personagem o ar de confiança e perspicácia que lhe é necessário. E ainda há no elenco a presença de Cameron Diaz (Encontro Explosivo, Uma Prova de Amor), que não se justifica, pois ela não é par romântico, ela não é atraente e sinceramente deve ter sido contratada para aparecer no trailer e atrair público, porque mal teve chance de mostrar seu trabalho. Interpretação digna apenas para o maravilhoso Christoph Waltz (Bastardos Inglórios), que apesar de ter um papel bobo nas mãos, conseguiu manter uma “cara de pau” maravilhosa e com uma pitada do general Hans Landa, que lhe rendeu um Oscar no ano passado.

O filme tem muitos defeitos, mas posso me arriscar a dizer que os produtores devem ter percebido isto e melhoraram um pouco as coisas no que chamo de terceiro ato. A ação realmente aconteceu e milhões devem ter sido gastos nas batalhas travadas no fim. Algumas novas piadas começaram a funcionar e devem conseguir deixar o espectador com um pouco menos de raiva.

Não gostei muito do filme, mas após ler esta crítica pode ser que você goste. A expectativa negativa trás grandes surpresas...Há quem tenha "curtido" e o fim eletrizante trás um novo ânimo capaz de deixar o longa com uma nota mediana. 

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Nota: 5,0

Trailer do Filme:

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