Crítica: O Plano Perfeito (Inside Men)

20 de abril de 2010 1 Comente Aqui!

Lembro da primeira vez que assisti ao O Plano Perfeito e tinha certeza que era um grande filme, confesso que inicialmente fui bastante discrente, não que duvidasse da capacidade de Spike Lee de fazer um bom trabalho, mas porque fugia e muito do seu estilo de roteiro. No início de sua carreira Spike se preocupou em prencher o espaço de filmes que abordavam a realidade do negro nos EUA, apresentando para nós como se comportam e quais questões envolvem as suas vidas. Outra parte de sua carreira ele se dedicou a fazer filmes para a TV, mas O Plano Perfeito foi o seu primeiro filme destinado a tentar sucesso no mundo das superproduções.

O fator interessante é que ele sabe no que esta se metendo e brinca com vários clichês ao longo da filmagem que começa quando quatro pessoas vestidas com uniformes de pintor entram no movimentado banco Manhattan Trust. Em poucos minutos elas controlam o local, para a realização de um assalto planejado em detalhes. Após a notícia do assalto ser divulgada chegam ao local os detetives Keith Frazier (Denzel Washington - O Gangster e O Livro de Eli) e Bill Mitchell (Chiwetel Ejiofor - Salt e 2012), que têm a missão de fazer contato com o líder dos bandidos, Dalton Russell (Clive Owen - Os Garotos Estão de Volta).

Os detetives trabalham com o auxílio do capitão John Darius (Willem Dafoe) e esperam que a situação seja resolvida rapidamente. Porém eles não contavam com a frieza e inteligência de Russell, que parece estar sempre um passo à frente das ações da polícia. Quando a capacidade de Frazier começa a ser posta em dúvida surge Madeline White (Jodie Foster - O Silêncio dos Inocentes), uma poderosa jogadora que solicita um encontro particular com Russell.

O grande trunfo do filme é ser diferente sem querer se vender dessa maneira, o modo como foi editada a primeira parte do filme misturando os interrogatórios dos suspeitos com as cenas dentro do banco ajudam a criar um ambiente propício ás surpresas.  O ritimo não se perde e nem deixa o espectador se entediar, as questões que aparecem no filme tem desfechos coerentes e são respondidas no tempo certo.

O dueto entre Owen e Washington é excelente, poucas foram as duplas que no últimos anos me deixaram tão animados com suas atuações em um mesmo filme com esta, cada cena que envolve os dois vale cada centavo investido. Claro que tudo fica mais fácil com um elenco recheado de nomes vencedores de prêmios, mas fica melhor ainda quando o diretor sabe usar todo o potencial dramático de cada um de seus atores, coisa que alguns as vezes não conseguem.

Contar muitos detalhes só iria estragar as surpresas que estão por trás desta ótima obra, uma prova de que ainda é possível se fazer filmes bons mesmo com temas batidos. O sucesso de crítica e público foi tamanho que já esta em fase de produção uma continuação. 

Nota:10

Trailer:

1 Comente Aqui! :

  • Bruno Cunha disse...

    Lembro-me de estar na sala de cinema e ver, pelo menos, um terço da sala de cinema com os espectadores a dormir. A sessão acabou tarde mas mesmo assim, eu gostei do filme, embora, muitos espectadores tenham aprovitado para dormir...
    Prison Break deve ter-se influencidado neste filme?!

    Abraço
    Cinema as my World

 
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