Crítica: The boys are back ("Os garotos estão de volta"*)

25 de março de 2010 12 Comente Aqui!

*Primeiramente queria explicar porque o nome do filme esta apenas em inglês e com a "tradução" em parênteses é porque o filme que foi lançado em 2009 nos cinemas dos EUA e da Europa ainda não tem nem data de previsão para estrear no Brasil e nem nome traduzido, utilizei o meu conhecimento de inglês para isso. 

Assim que ví o trailer de The Boys ara back (2009) pela primeira vez, pensei o filme iria tratar de uma maneira profunda as relações do pai viúvo vivido por Clive Owen (O Plano Perfeito) , mostrando as dificuldades, acertos, erros, medos e desejos que cercariam o mesmo, ledo engano. Ao longo do longametragem o que vi foi uma tentativa de suavizar a perda das crianças levando uma vida sem regras, sem normas e com ensinamentos distantes do que é a vida em sociedade. Não sei se sou apenas conservador nesse sentido, mas parecia um filme sobre Peter Pan e os garotos perdidos, aliás o roteirista parecia bastante perdido por sinal.

No filme, depois da trágica morte de sua segunda esposa, o conhecido jornalista esportivo Joe Warr tem que tomar conta de seu filho, Artie, um garoto de seis anos o qual praticamente não conhece. As coisas se complicarão ainda mais para Joe quando Harry, filho de seu casamento anterior, de quatorze anos, se muda para a Austrália para viver com ele durante uma temporada. A partir desse momento, Joe terá que se virar para manter uma casa só de rapazes.

O que poderia ser um grande trunfo, a presença de um ator do calibre de Clive Owen tornou-se um fardo, não pela sua atuação que nem compromete a qualidade do filme, mas de certa forma pela falta de competência do diretor Scott Hicks mais conhecido pelo sucesso de Shine (1996), mas que depois disso não conseguiu emplacar nenhum trabalho de qualidade significativa. A escolha do elenco também não ajudou muito, em sua maioria atores desconhecidos, mas não é esse o problema, eles serem desconhecidos e sim as atuações fracas mesmo. De um modo geral os "novatos" não dão conta do recado, especialmente as crianças, que em momento nenhum conseguiram me cativar.

A sensação que tive então foi de uma grande falta, parece que as coisas estão ausentes, o diretor, os atores, o roteiro, a trilha sonora (que está lá, mas na verdade não toca o espectador então no fundo também se faz ausente)...acho até por isso a distribuidora Miramax nem se preocupou em se apressar em vender os direitos do filme a fim de passar nos cinemas brasileiros e é bem capaz que este seja mais um título que vai direto para as locadoras. Não recomendo o filme, mas se você for fã de Clive Owen e quiser tentar boa sorte, eu paguei o preço por isso. Meu conselho, espere por Inside Men 2 (O Plano Perfeito 2), com certeza vai ser bem mais prazeroso de assistir.


Nota: 3,0

Trailer:

12 Comente Aqui! :

  • Luciane disse...

    Olha, acabei de assistir o filme, e posso dizer que esperava mais. As atuações realmente muito fracas. Mas já a trilha sonora eu gostei, aliás foi a única coisa que me fez emocionar em alguns momentos do filme. nota 4,0

  • Silvano Vianna disse...

    Tem tempo que ví esse filme Luciane, mas lembro que ele foi muito ruim. Talvez a combinação diretor premiado com ator que eu gosto tenha gerado muitas expectativas e tenha ficado muito frustrado....acho que isso ajudou a nota a ficar lá embaixo.

  • Anônimo disse...

    É apenas um filme. Que bom que vcs viram até o final. Aí está, entreteu até o fim. Díficil ser crítico quando alguém sempre espera uma peça grandiosa um espetáculo quando não é. Apenas um filme comercial, como disse, entretenimento. De dez filmes que assistimos, onze são fracos. É dinheiro! Quantidade. as vezes, qualidades aparecem. No fim, cheguei ao final!
    chico

  • Silvano Vianna disse...

    Não é "apenas" um filme Chico. É um filme mal feito mesmo. Se não ele teria chegado as telas de cinema, coisa que não aconteceu. O filme foi tão ruim que ele foi mofar direto nas prateleiras das locadoras, fez péssimo desempenho nos EUA e na Inglaterra e depois foi pro limbo. Claro que tem que se esperar mais de um filme que começa com um bom diretor que nunca foi muito "comercial" e produziu filmes intrigantes e um ator do calibre de Clive Owen...também cheguei até o final, mas porque por pior que seja o filme sempre vou assisti-lo até acabar.

  • Anônimo disse...

    gente acabei de assistir o filme, não achei tão ruim assim como vocês cometaram. É claro que poderia ser mais explorada a relação pai e filho. Não é um grande filme, mas bom de se assistir, não é essa a intenção de assistir um filme? entreterimento?

  • Silvano Vianna disse...

    Não sei "Anônimo", o problema para mim é que o filme foi bem vazio. Parecia um cara que estava em férias eternas com seus filhos meio que tentando negar a ausência que a sua mulher lhe trazia e não consegue se conectar completamente com nada depois disso...e o final ficou bem fraco também...acho que tinha muita coisa que não foi explorado e que poderia ter melhorado o filme como um todo.

  • United HR disse...

    ACHO QUE COMO TODO MUNDO PERCEBEU ELE PARECE ESTAR DE FÉRIAS, MAS AÍ JUSTAMENTE MOSTRA A DIFICULDADE DE ACEITAR A PERDA DA ESPOSA. E JUSTAMENTE O FILME MOSTRA QUE OS FILHOS NÃO QUEREM FÉRIAS, ELES QUEREM AMOR, MAS O PAI NÃO SABE OQUE FAZER TANTO ELE QTO OS FILHOS PRECISAVAM DA PRESENÇA DA ESPOSA, E O VAZIO QUE FICA QDO PERDEMOS ALGUÉM NÃO SE COMPLETA COM FÉRIAS, PRESENTES, TRABALHO, MAS SIM COM A PRÓPRIA DOR DA PERDA E ELABORAÇÃO DO LUTO. ACHO QUE O FILME DEIXA CLARO OS ERROS DO PAI, E É OQUE ACONTECE GERALMENTE, NINGUÉM ENTENDE A MORTE. FICA ENCHENDO O TEMPO COM COISAS. QDO PERDI MINHA MÃE MEU IRMÃO ME DISSE AGORA VC TEM Q TOCAR SUA VIDA. DEPOIS DE UM ANO VENDO A ESPOSA MORRER DE CÂNCER É CLARO QUE TEM QUE SOFRER A ANGUSTIA DA PERDA, SENÃO FICA ASSIM SEM SABER OQUE FAZER SÓ VIAJANDO. O FILME MOSTRA A FRAQUEZA DO HUMANO.

  • Silvano Vianna disse...

    Interessante Márcio eu não tinha parado para pensar sobre essa perspectiva, pode ser um outro olhar sobre a forma como se instaurou essas relações recém construídas no filme. Pois nem pais nem filhos conviviam muito, já que o mais velho morava na Inglaterra e o mais novo não tinha tanto contato como pai que sempre viajava....

  • Anônimo disse...

    Os melhores filmes do diretor Scott Hicks são "Shine - Brilhante" (1996) e "Neve Sobre Os Cedros" (1999). Nunca mais o diretor Scott Hicks foi tão feliz quanto nos anos 90. Eu sempre espero que ele volte a acertar, nos próximos filmes. Ele tem potencial para fazer filmes melhores do que "Os Garotos Estão De Volta".

  • RENAN disse...

    UM FILME EM EMOCIONANTE COM UMA ÓTIMA ATUAÇÃO DE CLIVE OWEN E DO ATOR QUE FAZ SEU FILHO MAIS VELHO(NÃO SEI O NOME DO ATOR).

 
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