O Silêncio dos Inocentes ( The Silence Of The Lambs)

3 de outubro de 2010 3 Comente Aqui!

O Silêncio dos Inocentes é o filme que começa esta franquia que já tomou conta de mim, confesso que começo a ficar preocupado por admirar um ícone clássico do cinema que é exatamente um monstro. Monstro na inteligência, monstro na esperteza e monstro por literalmente comer suas vítimas.

Este filme como já esperava não era pra ter uma nota menor do que 10, em seu currículo estão as vitórias no Oscar de 1992 de melhor filme, melhor ator, melhor atriz, melhor diretor e melhor roteiro adaptado... Pouco não acham?

Búfalo Bill é o responsável pelo desaparecimento de mulheres e já havia matado mais de cinco. Assustado e sem ter um rumo de por onde começar a investigação, Jack Crawford, faz uma jogada e convida uma estagiária da academia do FBI, Clarice Starling, a conviver com Hannibal Lecter que tanto apavorou as pessoas e com sua ajuda desvendar o caso. Como ela tentava se destacar em um ambiente de homens, a jovem aceitou a proposta e encarou o monstro de frente. Starling sabe do problema em que se colocou e do risco que corria ao aceitar este desafio, seu sonho e vontade de ser policial vêm desde os tempos de criança, quando via seu pai trabalhando como delegado da cidade em que morava.

Hannibal, um psiquiatra muito conceituado e conhecido por se alimentar de suas vítimas, vive em um manicômio, sendo vigiado vinte e quatro horas por dia. Fato curioso é que mesmo com tantos aspectos negativos, ele se demonstra um ser muito fino e educado. Esta sua gentileza e educação fizeram com que ele aceitasse a oferta de Starling e decidisse ajudar no caso. Seu diferencial é que ele é do tipo que nunca dar o peixe na mão e apenas entrega a vara e a isca. Seu jeito de ajudar é um pouco diferente e exige demais do companheiro. Esta talvez seja uma de suas características mais valiosas. Outro ponto importante é que ele sabe manipular o jogo de uma forma a tirar peças do tabuleiro e focar a trama em um só ser. Seus diálogos são feitos em meio a faces vazias e impossíveis de serem decifradas, sua diversão é a realização de um “jogo” de toma lá da cá com a agente.

O terror psicológico é o grande diferencial deste filme...Não há uma cena em que não se esteja tenso, nervoso e torcendo para que o mistério seja logo desvendado. Um exemplo da tensão que o filme propõe é a cena em que Clarice entra no manicômio e precisa percorrer todo um corredor escuro, ouvindo gritos e xingamentos com uma cadeira aguardando em frente à sala de Hannibal. Seu encontro com o vilão é outra coisa de louco... Muito tempo passou dando mil recomendações para a dama e logo na primeira frase o vilão a fazela descumprir todas as ordens.

As atuações estão simplesmente sensacionais. Hopkins surgiu para o cinema de verdade depois de fazer esse personagem tão errado e tão absurdo, um ser adorado. Foster interpretou Clarice com uma verdade pouco vista em atuações. A mulher foi demais!

Não sei mais o que tanto falar... Sei que cada linha que eu continuar escrevendo será para elogiar esta obra magnífica... Acho que achei o filme pro topo do top Five de suspense!


F I L M A Ç O!!

Nota: 10,00


Trailer do Filme:



3 Comente Aqui! :

  • Hugo disse...

    Anthony Hopkins tem umas atuações mais assustadoras da história do cinema.

    Jonathan Demme acerta no terror psicológico e nas cenas de violência, diferente das continuações que apelaram para as cenas de sangue.

    Até mais

  • Cristiano Contreiras disse...

    Só digo: um de meus filmes-de-cabeceira.

    Seu bom texto valoriza o quanto denso, assustador e necessário é a obra. As atuações de Hopkins - que, ainda que apareça pouco no filme, no geral - e de Foster são o top de linha em matéria de interpretação. Não vi nada igual.

    E o filme assombra pelo lado obscuro, psicologico e até aterrorizante que exala. Gosto da forma como a psicopatia aqui aparece e se expressa.

    É um trabalho bastante primoroso, ainda mais pela direção que soube valorizar a tensão e a fragilidade da personagem Clarice...e seus cordeirinhos...seus traumas. Os diálogos dela com Hannibal são as melhores coisas do filme, momentos marcantes que só a Sétima Arte pode conceber.

    Eu acho que o filme não envelhece jamais, praticamente todo ano eu vejo.

    Abraço!

 
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