Crítica: Cowboys & Aliens

Quem acompanha o mundo do cinema sabe que Jon Favreau (Encontro de Casais) é muito mais do que um bom comediante e que recentemente ele foi o responsável pelo inestimável sucesso de o Homem de Ferro e Homem de Ferro 2. Buscando novos ares, o ator/diretor decidiu não renovar para o terceiro filme do herói e partiu para produzir uma película um pouco inusitada e que mistura dois gêneros, que apesar de terem sido queridos no passado, já não fazem tanto sucesso assim (Bravura Indômita foi uma bela produção de faroeste que passou despercebida pela massa e filmes sobre aliens já não empolgam mais tanto o público, que já considera piegas os seus finais).

A trama de seu novo trabalho, intitulado Cowboys & Aliens, está envolto da jornada de um grupo de caipiras montadores de uma cidadezinha do Arizona. O grupo é liderado por Jake, um misterioso forasteiro que acorda em meio ao deserto e sem lembrar muito de sua vida. Junto a ele o Coronel Dolarhyde sai em busca de seu filho, que fora raptado pelos seres estranhos e ainda há uma presença feminina que é muito misteriosa e bela. A história, um pouco diferente do habitual, é baseada em uma história em quadrinhos que fora lançada em 2006, porém pouco conhecida.

O filme, produzido por Spielberg e que conta no grupo de roteiristas com Damon Lindelof , prometeu em seu trailer e durante todo o seu processo de produção, algo que não conseguiu concretizar e apesar de ser uma bela opção para o cinema, confesso que o considerei um pouco abaixo das minhas expectativas. Talvez esse choque de realidade possa fazer o caro leitor gostar mais da produção, do que eu que vos escrevo. Daniel Craig interpreta um vilão da forma que lhe foi solicitado, mas não consegue atingir o carisma necessário para fazer com que acreditemos em seus atos. Harrison Ford (Uma Manhã Gloriosa) continua incrível e faz do seu personagem, um velho rabugento, o mais querido de todos os três protagonistas. Olivia Wilde (Tron: O Legado) é linda como disseram, mas seu personagem é algo obscuro, que parece esconder a verdade e que merecia uma atuação mais convincente.

Não vou me queixar da direção, pois acho que ela conseguiu fazer aquilo que se esperava dela. A fotografia realmente é algo bonito e que deve ser mencionado. A Trilha Sonora foi outro ponto positivo. O roteiro é bastante inovador e sabe também lidar com o expectador, que divide emoções e pensamentos com os personagens de uma forma muito competente. A aventura é muito vivida e a montaria é empolgante. As últimas cenas do filme são magníficas e apresentam o amadurecimento da trama e daqueles que nela convivem.

Chega a ser estranho dar uma nota alta como darei, para um filme que em sua crítica aponto muitos erros. A questão é que estava ansiando por assistir a produção e achava que ela seria tranquilamente uma película nota 10 ou 9,5.

Nota: 7,5


Trailer do Filme: