Crítica: Sua Alteza (Your Highness)

Existe no cinema alguns sucessos de público, que são alvo de muitas críticas pelo especialistas, mas que carregam consigo milhares de fãs. Um exemplo para tal afirmativa é a comédia "Segurando as Pontas - The Pineapple Express" , um filme sobre um grupo de maconheiros que estão sendo perseguidos por policiais e pela máfia chinesa. Não gostei muito da produção, mas não questiono a legião de fãs que ela conquistou. Acreditando nesta mesma linha de raciocínio, a Universal decidiu reunir novamente os idealizadores da produção para desenvolverem Your Highness. Este pensamento me deixou com o pé atrás, mas terminei gostando do filme e acho que o grande motivo é o fato de a julgar bem diferente de "sua fonte de inspiração". Isso mesmo...Quem gostou de Segurando as pontas, deve ficar decepcionado com este filme, mas quem detestou como eu, poderá gostar desse novo projeto de  David Gordon Green.

O roteiro nos apresenta ao príncipe Thadeous, jovem desleixado, relaxado e mulherengo que vive na sombra do seu ilustre irmão mais velho, que é um aventureiro cavaleiro com espírito de liderança e que será o futuro rei. Após completar mais uma missão, Fabious retorna para casa apaixonado e decidido a se casar com Belladonna, uma jovem que vivia aprisionada em torre por Leezar, um malvado feiticeiro que planeja utiliza-la para concretizar uma antiga profecia. Leezar não gostou muito da ideia deste casamento e apareceu para sequestrá-la novamente. O Rei então decidiu que Fabious e seu irmão deveriam partir na missão de resgate da moça. Em meio a este missão algumas traições aparecem e Isabel, um linda jovem e arqueira misteriosa, surge na trama como aventureira que irá se juntar ao grupo em sua missão.


O grande chamativo desta produção é sem dúvida o seu elenco. A presença de James Franco (127 Horas, Uma Noite Fora de Série) e Natalie Portman (Thor, Sexo Sem Compromisso) é o que mais chama atenção do público e para quem conhece, Danny McBride (Amor Sem Escalas) também é um ator muito interessante e cômico. Zooey Deschanel (500 Dias Com Ela)   é um nome interessante e que consagra este como um grupo de primeira linha. Franco e McBride nos oferecem as melhores interpretações e acho que Deschanel e Portman apareceram muito pouco. A narrativa é uma mistura de aventura e comédia e esta é uma daquelas produções que não devem ser levadas muito a sério. O grande problema é que o roteiro se perde e não chega nem a ser engraçado e nem a ser muito bom em termos de história.


Apesar de defeitos notáveis, considero que esta seja um bom filme pipoca. O tempo em que lhe assistia passou rápido e me ajudou a enfrentar um fim de semana preso em casa por motivos de doença. Acho que posso ter gostado exatamente por não ter grandes expectativas a cerca da produção. Cabe a vocês decidirem se vale a pena ou não.


Nota: 6,0


Trailer do Filme: