Crítica: Assassino a Preço Fixo (The Mechanic)

Tem certos atores que ficam presos em um único personagem. Um bom exemplo é Michael Cera, que sempre faz um garoto nerd, que tenta conquistar garotas e se mete em confusão. Jason Statham (Os Mercenários) segue esta mesma linha e não deixa de interpretar um personagem durão, que mata muita gente, pega várias mulheres e sempre sai sorrindo. Seus filmes me lembram um pouco os antigos de Steve Seagal ou Chuck Norris e por incrível que pareça isso é algo até divertido e engraçado de ser visto. Seu mais novo trabalho é uma refilmagem do clássico Assassino a Preço Fixo (The Mechanic - 1972), com Charles Bronson.


O filme conta a história de um assassino de extrema competência na arte de eliminar alvos, que sempre fez questão de não se envolver com as pessoas que matou e de não ter nenhum sentimento com relação aos acontecimentos, para que seu trabalho nunca fosse prejudicado. A questão é que desta vez ele se deparou com a morte encomendada de seu grande professor e consequentemente com o surgimento do filho de seu mestre em sua vida. Steve era um jovem sem grande futuro e que precisava de ajuda para tomar um rumo na vida. Arthur decidiu treiná-lo e em uma dessas missões em conjunto, terminou descobrindo que a perda de seu antigo colega não passou de um engano. Irritado e pela primeira vez dando atenção a morte de uma pessoa, ele decidiu que era a hora de correr atrás dos responsáveis e junto com seu novo aprendiz formou uma dupla de extermínio de altíssimo nível.  


 A trama é muito clichê, os acontecimentos são todos manjados e previsíveis, mas não posso dizer que o filme é ruim porque me diverti horrores com ele. Dei muita risada com as cenas e gostei muito das atuações principais. Jason Statham não consegue ser levado a sério por mim desde o primeiro Adrenalina e talvez por isso ele tenha ganhado um carisma mais cômico do que qualquer coisa. Seu personagem é aquele típico cara que já sabe que é muito bom no que faz e por isso mantém sempre a feição de confiança exposta. Ben Foster ( O Mensageiro, Os Indomáveis) é um belo ator e rouba algumas cenas, ao fazer um personagem mais pertubado, que está numa espécie de jornada de auto reconhecimento.  


Uma coisa eu posso garantir. Muita ação é posta em cena, muitas mortes e algumas reviravoltas (manjadas e clássicas). Lógico que para achar graça do filme precisei me vestir com o melhor humor negro, mas é exatamente isto que deve fazer. Assistam o filme sem grandes expectativas e sabendo que estão diante do novo Chuck Norris. Não levem a trama a sério e muita diversão será garantida.


Nota: 7,0


Trailer do Filme: