Crítica: Força Policial (Pride and Glory)

11 de dezembro de 2010 1 Comente Aqui!

Esse foi um filme já tinha tentado assistir duas vezes e sempre dormi nos primeiros 15 minutos. Essa semana jurei para mim mesmo, e aproveitei o ócio das férias, que terminaria a obra de qualquer maneira. Ainda bem que fiz isso, pois apesar de achar que poderia ter sido mais rápido e mais dinâmico, o que evitaria minhas batidas de sono, o roteiro realmente é interessante e convence em sua essência.

Algo me remeteu a nosso grande Tropa de Elite 2, pois a trama demonstra exatamente a corrupção dentro do departamento de policia americano. A abordagem da história é feita sob a ótica de uma família que trabalha na polícia de Nova York e que após a morte de quatro companheiros de trabalho, se vêem em situações diferentes das que costumavam conviver. Ray, Edward Nortonm ( A Outra História Americana, Homens em Fúria) é o membro desta família que recebe a missão de investigar o caso e aquele que vai encontrar o problema de investigar um departamento comandando pelo seu irmão e terá como principal suspeito seu cunhado, Jimmy, Colin Farrel ( O Imaginário do Dr. Parnassus).

O grande pecado do filme está exatamente em seu começo, a coisa é meio arrastada e os personagens de destaque não recebem a atenção devida. Isso é o que pode assustar o espectador e manchar a imagem da obra ao ponto do bom final ser esquecido ou deixado de lado. Sobreviver a este começo chato e demorado, é fundamental para ter a chance de entrar de verdade na trama e tomar gosto pela película. Os personagens vão sendo muito bem desenvolvidos e é perfeitamente capaz entender as angustias que cada um está passando, o que enriquece muito a trama no aspecto de que são familiares se investigando e em conflito.

Em um trabalho que os personagens e seus sofrimentos são o ponto forte, podemos dizer que os atores fizeram um excelente trabalho. Edward Norton já está acostumado com este tipo de trabalho e por isso vale ressaltar e muito as atuações de Toby Emmrich e Jhon Voight, que dão uma intensidade absurda a trama e mostram logo para que veio. A ovelha negra de história ficou para Colin Farrel que mesmo sendo ponto chave da trama, teve muito pouco para demonstrar e por conta o personagem mais vazio da trama.

Não é um filme leve e exige estômago, os policias são realmente barra pesada e o teor de pensamentos que somos exigidos a ter é intenso. Cada decisão tomada acarreta em conseqüências absurdas e as medidas são tão impactantes que são capazes de deixar o espectador em dúvida do que faria.

Sobreviva a um começo perdido e se encontre diante de um ótimo filme. Não espera grandes novidades ou inovações, mas confira disposto a tomar atitudes.

Nota: 7,5

Trailer do Filme:

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