Crítica: X-Men - Primeira Classe (X-Men: First Class)

4 de junho de 2011 0 Comente Aqui!

A 20th Century Fox conseguiu tirar praticamente tudo o que podia da saga X-Men e seguindo os passos certeiros da Warner com a franquia Batman resolveu contar o início da jornada dos mutantes. A direção ficou nas mãos de Matthew Vaughn (Kick-Ass - Quebrando Tudo, Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes) que anteriormente estava escalado para comandar também X-Men: O Confronto Final. Na época Vaughn abandonou as filmagens alegando "motivos pessoais", mas os boatos dizem que ele não havia gostado do controle absoluto do estúdio sobre o filme.

Desta vez Vaughn cumpriu o seu contrato até o fim, entregando um bom filme, ao lado do criador da saga nas telas Bryan Singer que além de produtor é co-roteirista. Esta nova produção dos mutantes da Marvel deve agradar bastante o público que no cinema conheceu a luta entre Professor X e Magneto. O longa conta com um bom elenco que acompanha as exigências de cada personagem, dando vida e personalidade a cada um.

X-Men: Primeira Classe conta a história do épico início da saga dos X-Men e revela a história secreta de famosos eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, e antes de Charles Xavier e Erik Lensherr assumirem os nomes de Professor X (James McAvoy - O Procurado, O Último Rei da Escócia) e Magneto (Michael Fassbender - Jonah Hex, Centurião, Bastardos Inglórios), havia dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arqui-inimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam junto com outros mutantes (algo familiar, algo novo) para deter o Armagedom. Nesse processo, uma grave desavença aconteceu, dando origem à eterna guerra entre a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.

O longa que conta o início da saga mutante não se foca em apresentar novos poderes, nem procura espaço para exagerar nas explosões e atordoar o espectador com cenas de ação desnecessárias. A idéia é conduzir uma história que mostre como dois grandes amigos se separam e o que leva cada um deles a pensar o seu mundo de maneira tão diferente, mas ainda assim com respeito e admiração mútua. A produção é muito bem acabada com um visual que remete a era de ouro dos quadrinhos, além de ter uma ótima trilha sonora que anda em sintonia com o que se passa na tela.

Além de McAvoy e Fassbender que tem uma ótima química na tela Kevin Bacon (Frost/Nixon, O Lenhador) se destaca fazendo o papel do vilão da história, uma mistura de playboy bem acessorado e com um plano maligno digno dos melhores antagonistas vindo dos quadrinhos. Jennifer Lawrence que brilhou nesse ano pela sua atuação em O Inverno da Alma tem muitas cenas e espaço para trabalhar a transmorfa Mísitca e suas questões envolvendo o seu medo de rejeição e orgulho em ser mutante. O grande triunfu de X-Men - Primeira Classe é justamente saber trabalhar seus personagens, cativar o espectador e aliar isso com boas cenas de ação, o melhor blockbuster do ano.


Nota: 9,5


Trailer:

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