Crítica: Kick-Ass - Quebrando Tudo (Kick-Ass)

19 de junho de 2010 1 Comente Aqui!

Ao contrário do que sugere a imagem acima Kick-Ass, a adaptação ao cinema da HQ de Mark Millar e John Romita Jr não é uma animação e sim um filme de carne e osso. Mas resolvi homenagear as origens dessa fantástica história que narra a vida de um adolescente normal, Dave Lizewski (Aaron Johnson), que decide adotar o codinome Kick-Ass, vestir uma fantasia de super-herói, empunhar bastões e combater o crime.

O filme é dirigido de forma bem interessante por Matthew Vaughn que começou como ator em Jogos Trapaças e dois Canos Fumegantes, posteriormente foi produtor e finalmente ganhou a oportunidade como diretor em Stardust. Em Kick-Ass, dá para notar as influências de sua convivência com Guy Richie no modo como utiliza a câmera nos momentos de ação, como trata as questões da violência, tentando desmistificar alguns aspectos do submundo do crime. Gostei como a fotografia do filme foi trabalhada por Ben Davis que também foi parceiro de Vaughn em Stardust, o experiente Sammy Sheldon também faz um belo trabalho com o figurino transportando as fantasias dos quadrinhos para as telas.

O elenco do filme vai bem e faz com que a história fique mais divertida, Nicolas Cage está ótimo no papel de Big Daddy uma espécie de Batman só que mais perverso e que não mede limites para combater o crime. Quem rouba a cena é a jovem Chloe Moretz que fez um bom papel em 500 Dias com ela, em Kick-Ass ela faz o papel de Hit-Girl, tem as melhores falas e as melhores cenas de ação do filme e quando entra em cena ofusca todos os outros personagens com uma ótima presença de palco.

Uma parte da mídia tem reclamado das cenas mais violentas em que jorra sangue no melhor estilo Kill Bill, mas em momento nenhum o filme chega a ser apelativo por causa disso. As pessoas se esquecem que Kick-Ass não é uma história para crianças e sim parte do segmento dos quadrinhos destinados a adultos. Sendo assim, mudar os aspectos mais violentos do filme que por sinal é mais soft que a série escrita por Millar é deturpar aquilo que faz a história tão legal. Senti falta de um Dave (Kick-Ass) mais sarcástico, mas isso não chega a prejudicar a história até porque Hit-Girl esta lá mais letal do que nunca para nos entreter.

O barato do filme é contar uma história de herói diferente, com personagens muito peculiares com uma vida longe do glamour dos mais famosos personagens do segmento. Que não são tão reconhecidos, não tem poderes e nem sempre conseguem triunfar. Kik-Ass transporta os heróis dos quadrinhos para uma realidade mais próxima que a nossa, adaptando também a nossa época com Youtubes, perfis no Facebook, um website e todos as vantagens e desvantagens de viver em uma mundo voltado para a Internet.

O filme vai ser bem apreciado pelos os fãs de Graphic Novels mais adultas, pelos fãs de Trantino, Guy Richie e Robert Rodriguez e por todos aqueles que gostam de um filme Ketchup mas com uma boa história e bons argumentos. É uma diversão que não recomendo muito as pessoas mais pacíficas, crianças, definitivamente não é um filme de heróis para crianças e para aqueles que tem medo de sangue, é melhor manter uma distância segura. Mesmo tendo uma classificação alta e trabalhando com um público mais restrito o filme agradou o estúdio que já encomendou uma seqüência, então, aguardem para breve Kick-Ass 2.

Nota: 8,8


Trailer:

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