Crítica: V de Vingança (V for Vendetta)

Antes de assistir ao filme V de Vingança eu não tinha conhecimento da série de quadrinhos escritas pelo mago Alan Moore, talvez o mais importante e  influente dos quadrinhos. Me animou muito o fato do filme ser produzido por Joel Silver e pelos irmãos Andy e Larry Wachowski responsáveis pela cultuada saga Matrix. O elenco conta com a ótimas presenças como Natalie Portman (Cisne Negro / Entre Irmãos), uma atuação espetacular de Hugo Weaving (O Lobisomem), Stephen Rea (Ondine) como o investigador que desvenda toda a tramóia do governo do veterano John Hurt (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1).

A história se passa em uma paisagem futurista de uma Inglaterra totalitária. V de Vingança conta a história de Evey (Natalie Portman), uma jovem doce e tranqüila jovem, que é salva de uma situação de vida ou morte por um vigilante mascarado, conhecido apenas por "V" (Hugo Weaving).

Incomparavelmente carismático e ferozmente dotado na arte do combate e do logro, V, um anarquista convicto, dá início a uma revolução quando detona dois marcos da cidade de Londres e toma o controle das ondas de rádio e TV, sugerindo aos seus concidadãos a rebelarem-se contra a tirania e opressão. À medida que Evey descobre a verdade sobre o misterioso V, ela descobre também algumas verdades sobre si própria e assim emerge uma inesperada aliada no plano para trazer liberdade e justiça a uma sociedade marcada pela crueldade e corrupção.

Gostei muito do filme e mesmo lendo os quadrinhos de Alan Moore depois, achei que algumas inovações para o cinema tornaram a história ainda mais atraente, como o fato de a "voz" de Londres ter um programa de TV e não mais de rádio. A fotografia ficou muito interessante e dá um ar todo peculiar ao filme, a trilha sonora é muito boa e só me fez amar ainda mais a Abertura 1812 de Tchaikovsky que marca o início e o final do filme.

Mas o ponto alto do filme é presença de Weaving e sua retórica fantástica, ele se doa por completo no personagem tornando a história mais interessante e mais divertida. O roteiro é muito bom, conseguindo amarrar as pontas dessa história e prender a atenção do espectador, além de ter algumas falas bem marcantes. O filme é para todos os fãs de um bom cinema que tem todos os ingredientes de uma produção mais independente. Vale dar uma conferida nessa excelente obra, uma ótima pedida para qualquer hora e estado de humor.

Nota: 10

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