Crítica de Seriado: Lie to Me - Primeira Temporada

Vou ser um pouco ousado e comentar um pouco o seriado que estou acompanhando no momento. Farei isso de uma forma um pouco diferente do que usualmente vocês podem conferir na nossa coluna de seriados. Analisarei a temporada como um todo ou como se não fosse nada mais do que um grande filme.

Para começar vamos tomar conhecimento de que estamos envolto de uma série de investigação e que conta como personagem principal, o estranho e brilhante, Dr. Cal Lightman. Cal é um cientista fascinado por sua profissão e junto com sua sócia, e amiga Gillian Foster,  busca desvendar casos e detectar fraudes através da análise da linguagem corporal e as micro expressões faciais. Eles estão á frente do Grupo Lightman, que ainda contam com a presença de Eli locker, um pesquisador extremamente sincero, Ria Torres, uma mulher com talento natural para detectar mentiras e Ben Reynolds, um agente da FBI que irá dar assistência nas investigações.

Pesquisando para fazer esse texto, tomei o conhecimento de que o personagem central foi inspirado em um cientista verídico chamado Paul Ekman, que é um notável Expert e linguagem corporal e expressões faciais. A ideia de pegar uma situação verídica e transformar em série é comum e quase sempre muito boa. Apesar de um começo promissor, pode-se dizer que a série enfrentou um probleminha inicial para formar a equipe citada acima e para nos dar explicações plausíveis para as afirmações do grupo. Nada que não possa ser superado por meio de ótimas atuações, principalmente Tim Roth (Hulk, Cães de Aluguel, Pulp Fiction), que parece ter nascido para viver o personagem.

Outro ponto curioso é que podemos até achar que as explicações façam com que o ritmo alucinante dos episódios diminuam um pouco, mas por outro lado nos permite entrar numa brincadeira de tentar adivinhar quem mente e quem fala a verdade nas situações. Me pego hoje tentando achar as expressões nas pessoas quando são questionadas e chego a dar risada disso tudo. Ponto positivo foi o trabalho criado posteriormente para conhecermos um pouco da história de cada personagem da trama e permitindo assim criar mais vínculo com o público. Isso também nos leva a imaginar que algo pode acontecer, pois tenho uma visão, até que intimista, que série policiais sem histórias paralelas se tornam repetitivas e chatas.

O leque de situações é enorme e envolvem tanto casos de policia como casos particulares de pessoas que querem saber se foram traídas ou se vão se casar com alguém que queira apenas roubar seu dinheiro. Isso é bom porque não nos limita a procurar ou desvendar crimes e também nos mantem focados em um grupo que apesar de especial e importante, visa o lucro.

Até agora vi a primeira temporada e comecei a segunda, sei que a série foi cancelada após baixos índices no seu terceiro ano, mas ainda assim indico como uma bela diversão e entretenimento de primeira qualidade.