Crítica: Supernatural - Sexta Temporada

Supernatural em seu quinto ano teve um final de temporada que poderia tranquilamente ser o fechamento da série. Mas os produtores decidiram manter mais uma sexta temporada, e já foi confirmada a sétima para o ano que vem, mesmo sem o criador, Eric Kripke, estar mais no time de roteiristas.

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O resultado foi um ano irregular, com um início mediano, alguns episódios interessantes e outros péssimos. A mitologia teve várias subtramas: o retorno de Sam do Inferno, com um ar um tanto estranho e psicopata, e todo o processo para ajudá-lo a retornar ao que era; a breve busca das Relíquias Perdidas do céu; o demônio Crowley e sua tortura de Alphas para conseguir um objetivo demostrado somente no fim da temporada; a Guerra entre Anjos e o retorno da Mãe de Todos, a que criou todos os monstros que andam pela Terra. E, entre elas, vários episódios monstro da semana, desconexos das tramas principais.

O principal problema dos plots é que todos evoluiam em certo momento em uma decadência ladeira abaixo, para ter alguns episódios monstro da semana, e entrando outra grande conspiração em seguida. A impressão é que os roteiristas não gostaram da sua obra, varreram par debaixo do carpete e colocaram uma nova trama, para que a audiência não note os muitos buracos e fatos não explicados. Em outros anos de Supermatural sempre teve uma trama maior eletrizante e que nos fazia pular da cadeira em cada término de episódio. Nesse ano houveram várias histórias, e todas eram mornas.

Pontos baixos:

Episódio 609: Em "Clap your hands if you believe it", Supernatural tenta fazer uma sátira sobre o Arquivo X. Tenta. A única coisa assemelhada é a abertura copiando o estilo e ter uma temática sobre alienígenas. No resto não tem nada a ver, sem investigações de FBI, com um fiapo de roteiro amarrando uma história quase sem nexo sobre alienígenas que na verdade eram fadas. Fadas! Clara influência de True blood que deu muito errado.

Episódio 614: "Mannequin 3: The Reckoning" foi o episódio mais sem nexo e ilógico de todos tempos de Supernatural, com o monstro da semana sendo manequins maus que estão matando pessoas.

Episódio 615: é uma repetição de algo que foi usado no episódio 509 "Changing Channels", quando um trickster mandou os irmãos Winchester para dentro da TV, onde eles participam de um drama médico, uma sitcom, um drama policial de procedimentos e um Game Show japonês. Dessa vez, o anjo Bathazar manda os dois para uma realidade paralela, para procurar a chave do local onde estão escondidas todas relíquias sagradas do Céu (elas não estavam espalhadas na Terra??). Lá eles são Jared Padalecki e Jensen Ackles que trabalham como atores no show Supernatural.

Episódio 616: copycat descarado de De Volta para o Futuro III, no velho oeste. Até as frase finais são cópias quase exatas ás do filme. Uma tênue linha separando plágio de homenagem está presente nesse episódio.

- A falta da imaginação da Mãe de Todos: criou o monstro "Khan", verme que controla mentes, e comedores de carne (não zumbis). Já que ia criar seres originais que nunca antes andaram na terra, poderia ser algo menos batido na mídia? Sem falar que a adolescentezinha que interpretava a super-vilã não conseguia ser nem um pouco assustadora, e logo deu adeus, para alguém que demorou mais de 15 episódios para aparecer.

Pontos altos

Episódio 607: o vampiro alpha nem um pouco purpurina e realmente perigoso, o melhor dos últimos tempos. Fica rindo ao ser torturado, enquanto todos ao redor estão suando frio. Palmas ao ator, Rick Worthy, que conseguiu realmente passar a aura de um ser atemporal que alimenta-se de humanos desde os tempos das cavernas.

-A Guerra entre os Anjos. Apesar de ser algo que ficou somente contado por Cassiel quando aparecia para ajudar os irmãos Winchester, e não mostrado em cenas, parecia serum intrigante jogo político, principalmente a coligação surpreendente mostrada nos últimos episódios. Pena que foi pouco utilizada.

-Cassiel "bad ass": de anjo bobinho e inocente para um líder de facção agelical capaz de barbáries, no melhor estilo "o fim justifica os meios". Comentar mais seria dar spoilers homéricos.

Enfim, Supernatural começou a retomar seu passo nos últimos episódios, com revelações surpreendentes e um final em aberto que me fará esperar pelo próximo ano, que já está garantido pela Warner.

Texto por Ragged Robin  - Blog Iniciativa Global