Crítica: Rio Congelado (Frozen River)

3 de março de 2011 2 Comente Aqui!

Rio Congelado foi o grande vencedor do fesvival de Sundance em 2008, um festival tradicional e que geralmente aportam as produções mais independentes. Ao primeiro olhar já se percebe que se trata de uma obra bem distante do modo hollywood de fazer cinema, um longa que trata de temas polêmicos e pouco comuns. Não pude assisti-lo no cinema mas conferi a obra em blue-ray o que tem lá as suas vantagens, especialmente por se tratar de um filme do circuito mais alternativo.

No filme Ray Eddy (Melissa Leo) é uma mãe solteira que vive num trailer numa região do interior do estado de Nova York, e que ajuda imigrantes a passarem ilegalmente do Canadá para os Estados Unidos através de uma Reserva Indígena Mohawk. Ray facilita a entrada de imigrantes ilegais como única forma de manter sua família unida depois de seu marido ter sumido com o dinheiro da entrada da casa de seus sonhos.

Para conseguir o dinheiro a tempo, Ray se une a uma índia contrabandista Mohawk, Lila Littlewolf (Misty Upham), e as duas começam a correr pelo congelado rio St. Lawrence transportando imigrantes ilegais, chineses e paquistaneses no porta malas do carro de Ray. Lila normalmente não "trabalha com brancos", mas o desespero para reaver seu bebê que foi "roubado" por sua sogra, faz com que ela e Ray formem uma difícil parceria.

O filme é dirigido por Courtney Hunt e tenta ser bem realista, até por se tratar de uma obra que tenta abordar o cotidiano dessas duas mulhers em condições difíceis. A ausência de maquiagens, as dificuldades emocionais e sociais que elas enfremtam dão o tom da trama, que é apresentanda de forma bem lenta, típico de filmes mais voltados para festivais.

Vale dar uma conferiada em Rio Congelado especialmente pela atuação de Melissa Leo (O Vencedor - vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante desse ano) que segura as pontas dessa produção independente e eleva o nível da película. Os fãs de filmes alternativos ou que abordem temas mais polémicos vão gostar, só tenha cuidado em saber apreciair a obra com aquilo que ela pode lhe proporcionar, um filme denso, lento e totalmente independente.

Nota: 7,0


Trailer:

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