Crítica: 13º Distrito (Banlieue 13)

O filme que recomendo nessa semana foi lançado em 2004 e chegou em minhas mãos em uma leva de DVDs piratas emprestados a meu pai. Como todo bom produto da pirataria brasileira o filme veio apenas dublado, ainda que com essa característica terrível,  me arrisquei e não me arrependi. O filme me surpreendeu bastante e se provou uma boa pedida, cheio de ação, com uma história interessante e muito bem filmado pelo mesmo diretor de Dupla Implacável.

A história se passa no subúrbio de Paris, ao ano de 2010. O bairro é abandonado pelas autoridades, teve suas escolas fechadas e com o intuito de combater a criminalidade, foi construído um muro ao seu redor, sob autorização do governo federal. Ninguém consegue controlar o 13º Distrito, dominado pela criminalidade, tráfico de drogas e inclusive corrupção policial.

Dois jovens heróis, Leïto (David Belle) e Damien (Cyril Raffaelli), nascidos quando aquilo se tornou uma terra de ninguém e lutando contra um governo repressor e militares corruptos, têm 24 horas para entrar e salvar o que se tornou um local violento e fora de controle. Há uma conspiração envolvendo as autoridades militares e uma bomba prestes a explodir e a acabar com um raio de 8 km do bairro.

O ponto alto do filme são as cenas de ação, com uma coreografia sensacional e utilizando muito dos fundamentos da arte conhecida como parkour, idealizada por David Belle. As cenas em conjunto de Belle e Raffaelli são o ponto alto da película e de cair o queixo. O filme ainda resultou em uma continuação que não é melhor que o original mas não deixa a desejar em cenas de ação, mas que tem roteiro mais fraco e cenas algumas vezes forçadas.

É uma boa pedida para todos os fãs de filme de ação de qualidade, um filme bastante inovador na sua proposta e que deu assas e disseminou de vez o fenômeno do parkour. Além de ser uma produção fora dos padrões de hollywood, que despreza ás costumeiras explosões desnecessárias. Vale dar uma conferida e perceber que as vezes com idéias simples podem se produzir ainda filmes muito bons, basta inovar em algumas coisas.


Nota: 9,1


Trailer: