Crítica: Mais estranho que a ficção (Stranger than Fiction)

As primeiras notícias que tive sobre a obra Mais estranho que a ficção (Stranger than fiction), falavam sobre a melhor atuação de Will Ferrell e a primeira grande mostra que este ator conhecido pelas comédias escraxadas que faz com seus amigos Owen Wilson, Vince Vaungh e Luke Wilson poderia ser mais se tivesse outras oportunidades. Em primeiro lugar não veja o filme se você é enjoadinho por realismos, o filme é uma fábula, lembra e muito Quero ser John Malkovich nesse sentido, mas muito menos maluco e existencial, sendo bem mais leve e até por vezes divertido.

Imagine se você começasse a ouvir uma voz que narra as suas ações e vidas, isso por si só já seria desconcertante, mas piora quando o protagonista sabe por meio dessa narradora que sua vida vai chegar ao fim e em breve. Mesmo assustado, confuso, vivendo uma vida reclusa e entediante Harold Crick (Will Ferrell) resolve que ainda tem muito para viver e busca respostas para tentar entender porque essa voz fala sobre sua vida e principalmente porque ele deve morrer. Em uma jornada de auto-conhecimento, desafios e mudanças o fiscal do imposto de renda vai deixando de lado as suas manias excêntricas e vivendo um pouco mais de sua vida até o momento em que vai se confrontar com seus medos.

Como bônus o filme conta ainda no elenco com seguro Dustin Hoffman fazendo o papel de mentor do fiscal Harold em sua jornada, uma excêntrica Maggie Gyllenhaal fazendo uma contribuinte questionadora e Emma Thompson como uma escritora com bloqueio criativo. O filme é muito bom, um roteiro totalmente inusitado e criativo bem amarrado, além de extremamente cativante. Recomendo para todos que gostam de uma história que fuja dos padrões, goste de filmes diferentes e ao mesmo tempo curta um filme gostoso de assistir. Passe na locadora mais próxima e se divirta.

Nota: 9,0

Trailer: