Crítica: A Hora do Espanto (Fright Night)
O veterano Charlie Brewster (Anton Yelchin - Como Loucos) finalmente conseguiu o que queria: está com a turma mais popular e namorando a garota mais desejada de sua escola. Na verdade, ele está tão por cima que chega a desprezar seu melhor amigo. Mas os problemas começam quando Jerry (Colin Farrell - Quero Matar Meu Chefe, Coração Louco) se muda para a casa ao lado. A princípio, ele parece um cara legal, mas há algo não muito certo – e todos, inclusive a mãe de Charlie (Toni Collette - Pequena Miss Sunshine, O Sexto Sentido), não percebem. Depois de observar algumas atitudes bastante estranhas, Charlie chega a uma clara conclusão, Jerry é um vampiro em busca de presas no bairro. Incapaz de convencer alguém, Charlie precisa achar um meio de se livrar do monstro por conta própria.
A idéia da refilmagem do clássico de terror dos anos 80 até me animou um pouco, mas depois de ler críticas pesadas a esta produção deixei para vê-la quando chegasse nas locadoras. Coube ao ainda desconhecido Craig Gillespie (A Garota Ideal) dirigir esta produção, o australiano esta fazendo a transição para o cinema por agora. Ele produz e dirige o seriado United States of Tara pouco conhecido por aqui mas que sempre é indicado as premiações nos EUA.
Coube a Marti Noxon que também foi roteirista e produtora executiva da extinta série de TV Buffy - A Caça Vampiros, escrever o script. Que por sinal lembra bastante o tom do seriado, focando nas piadas (ainda que a maioria seja bem sem graça) e deixando o terror e os sustos para 2° plano (e bota 2° plano nisso). Um dos poucos pontos positivos dessa refilmagem de A Hora do Espanto é que ela utilizou as câmeras com tecnologia 3D, em vez da conversão (serve para aqueles que tem um Blu-ray com esta tecnologia para aproveitar e conferir).
Quem já viu o quiser ver o original vai perceber que a história é muito parecida, com poucas mudanças no roteiro (até os nomes os personagens são praticamente idênticos - falta criatividade para algumas pessoas). Eu esperava que a presença de atores do calibre de Farrell e Collette (que praticamente nem aparece no filme) melhorassem um pouco o resultado final (ledo engano). Infelizmente a direção deixou muito a desejar, sem falar no roteiro que é totalmente vazio, contando a história de forma muito apressada e não deixando com que nos conectemos com os personagens.
No final das contas o filme decepciona bastante, não assutando o espectador ou proporcinando boas risadas. Como um filme de sessão da tarde até que pode funcionar, mas tem que ter muita boa vontade para conseguir curtir alguma coisa até o final. A Hora do Espanto prova mais uma vez que existe falta de criatividade no mundo do cinema e que os produtores realmente acreditam que qualquer filme meia boca pode faturar um bom dinheiro especialmente com o selo 3d ao lado.
Nota: 5,0
Trailer:
Texto de
Silvano Vianna
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