Crítica: Decisões Extremas (Extraordinary Measures)

18 de outubro de 2011 0 Comente Aqui!

Decisões Extremas é baseado em fatos verídicos e inspirado no livro "The Cure" de Geeta Anand, que para quem não sabe é a jornalista vencedora do prêmio Pullitzer (premiação para algum trabalho de nível de excelência no âmbito do jornalismo). A produção é mais uma daquelas que não passaram pelas salas de cinema e indo diretamente para Dvd. Um dos motivos mais evidentes para esta decisão, por parte das distribuidoras, é a baixa procura por filmes de superação deste tipo e os clichês que os envolvem.

A trama envolve a família Crowley, que é composta por três filhos e que dois deles possuem uma doença rara que afeta os músculos e o sistema nervoso, chamada de Pompe. De todas as formas eles tentam levar uma vida normal e feliz, mas o tempo é curto para aqueles que possuem esse problema e uma pesquisa feita por John Crowley, patriarca da casa, aponta que com nove anos as crianças começam a falecer. Nesta situação o tempo é realmente muito curto, pois o começo da produção é marcado pela comemoração do oitavo aniversário de sua filha Megan. Desesperado por uma solução ou um possível milagre, John toma conhecimento de uma pesquisa avançada e vai correr ao encontro do responsável por elas. Após um primeiro contato, foi necessário largar o emprego e correr para buscar fundos que financiem a continuidade da pesquisa e ainda aprender a conviver com o Dr. Robert Stonehill, que é brilhante, mas nem um pouco fácil de lidar.

Esse é o tipo do filme que achamos que vamos ficar com aquelas lágrimas nos olhos durante a grande maioria da produção. De certa forma até ficamos emotivos no começo e no final, mas passamos muito tempo dentro de um universo frio e calculista, que almeja lucro e é meramente administrativo. Os grandes conflitos e até mesmo as "Decisões Extremas" são tomadas no âmbito empresarial e até esquecemos, por um tempinho, que estamos falando de uma doença que envolve milhões de crianças e que elas precisam de apoio para produção de um medicamento. As atuações não estão ruins, mas também não estão extraordinárias. Harrison Ford (Cowboys & Aliens, Uma Manhã Gloriosa)  está fazendo mais uma vez o mesmo papel e por isso está em seu ambiente de tranquilidade. Muito fácil para ele interpretar este personagem. Brendan Fraser está completamente fora do que estamos acostumados a ver e até que se sai bem, Sua grande dificuldade é fazer valer o que ele está tentando transparecer, já que ficou marcado na história do cinema com personagens bobões do estilo de George - O Rei da Floresta.

Em suma, até que estamos falando de um filme acima da média, porém muito abaixo de outros do gênero, que encantam mais, são mais emotivos e mais completos. Um exemplo clássico seria o "Óleo de Lourenço" e um exemplo mais recente é o filme "Uma Prova de Amor". A visão administrativa do filme serve, porém, como um fator motivador para aqueles que desejam que um dia algo mude para uma determinada situação. É possível perceber que existe alguma forma de arregaçar as mangas e para de esperar apenas um milagre. Não deixa de ser um bom entretenimento para a família.

Nota: 6,0
IMDB: 6,3
Rotten Tomatoes: 4,8

Trailer do Filme:

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