Crítica: Pânico 4 (Scream 4)

Depois de uma década do terceiro filme, Pânico retornou aos cinemas e reencontrou a linha de apresentação que seus fãs estavam acostumados a ter. Muito se deve ao retorno de Kevin Williansom (Que escreveu Pânico 1 e Pânico 2, mas que deixou apenas anotações para serem aproveitadas em Pânico 3) à franquia e a ótima sacada que até mesmo um dos seus personagens exemplificam em fala, "Nova Década, Novas Regras". Esse sim é o ponto fundamental para o sucesso desta que promete ser a nova trilogia da franquia. Dez anos desde seu último filme, as obras de terror sofreram mudanças e o pensamento das pessoas também. Tudo agora está conectado em sites de redes sociais, compartilhamento de vídeos e Blogs. Coube ao roteirista  encaixar isso em uma nova história e entrega-lá ao mestre Wes Craven, que não decepciona em sua direção.

A história novamente se passa na pequena cidade de Woodsboro, que recebe uma visita de sua cidadã mais famosa, Sidney Prescott, durante divulgação de seu livro, escrito para ajudar aqueles que enfrentam seus próprios pesadelos. Ela chega em sua cidade natal, no dia em que é "comemorado" a matança representada na primeiro filme e percebe que além de ver sua história ser motivo de festa, passa a ter conhecimento de que Stab (O filme dentro do filme) continua fazendo muito sucesso entre os jovens e chega em sua oitava seqüência. Seu retorno ocasiona um novo assassinato e um novo possível massacre. Dewey, casado e com problemas de relacionamento com Gale, é o xerife da região e promete prender o novo assassino.

Pânico 4 é uma grata surpresa e soube muito bem se reinventar. O humor agora se baseia nos vícios de filmes desta nova década, que abusam para mostrar sangue e órgãos sendo atirados, franquias que não possuem fim e muito menos inovação em suas histórias e na loucura que é a internet. A metalinguagem está com tudo e muitas referências são apresentadas ao espectador mais atencioso. Quem sacou que o nome do policial Anthoy Perkins, faz referência ao ator que fez o vilão de Psicose? 

Aspecto interessante é o novo "motivo" do assassino, que consegue gerar uma ótima discussão sobre a forma como a sociedade atual atua no mundo das celebridades e coisas do tipo. O filme deixou de ser apenas o que estamos vendo recentemente, morte morte morte, e passou a ser algo inteligente, sagaz e envolvente. O suspense está presente em ótimo aspecto, o terror está a contento, sustos e atuações estão boas.

Achei que era cilada, mas assistam este filme, apenas se preocupem em entender os 3 primeiros, para não ficar boiando em algumas coisas.

Nota: 8,5

Trailer do Filme: