Crítica: A Lenda dos Guardiões ( The Legend of The Guardians)

" Uma magnífica animação, que não deve ser assistida por crianças"

Geralmente quando se lança uma animação e o um trailer do gênero é visto pela primeira vez, logo pensamos: " Meu afilhado vai amar" ou " Esse é a cara do meu filho pequeno". O trailer deste longa dá a entender que vamos entrar num mundo muito bonito vividos por corujas e viajar com elas numa aventura incrível. Nós realmente entramos em uma animação de fotografia maravilhosa e somos atirados numa incrível aventura, mas a questão é que a forma como a guerra entre o bem o mal é apresentada, está longe do que as crianças devem assistir. As corujas realmente se atacam, se machucam e morrem em combate.

Em tempos que a precisamos prezar pela paz, o diretor Zach Snyder surpreende com sua animação, mas erra ao tentar vendê-la como um filme infantil. Talvez nem ele perceba a intensidade que gerou na história, pois pouco antes do filme ser lançado, ele concedeu um entrevista dizendo que pela primeira vez seus filhos pequenos poderão assistir a um trabalho seu.

A história, adaptada do livro The Guardians of Ga’Hoole, apresenta a vida de dois irmãos que são muito diferentes um do outro. Enquanto Soren é uma coruja sonhadora, seu irmão Kludd é realista e acredita na vitória a vida pela força. Metidos em mais uma briga de família, eles se encontram em um apuros jamais previsto por seus pais e terminam sendo seqüestrados por corujas maléficas que se auto denominam de "Os Puros". Kludd se identifica logo de começo com a maneira dos puros agirem, mas Soren não aceita fazer parte deste clã malvado e parte em busca dos Guardiões que tanto ouvia nas histórias que seu pai lhe contava. Com isso voltamos ao inevitável combate entre o bem e o mal.

O visual é o ponto forte de todos os filmes deste diretor e aqui ele novamente faz uma grande trabalho, que se enriqueceu bastante com a tecnologia de três dimensões. A trama não é muito inovadora e já que considero este um filme para adultos, levarei isto como uma grande falha. Em contra partida, mesmo diante de sérios problemas e pouca inovação, a história termina sendo bem amarrada e trabalhando muito bem seus personagens. O heróismo de Soren consegue animar o espectador e a sua batalha interior para confrontar as escolhas de seu amado irmão também é muito bem retratada. As vozes originais são fantásticas e junto com a boa trilha sonora conseguem dar mais valor ainda ao trabalho deste visionário diretor.

Em resumo e sem muita enrolação, a animação é muito interessante pela imagens que lhe oferecem, que são tão bem feitas e produzidas, que conseguem ofuscar seus graves erros de roteiro. Algumas perguntas ficam  em aberto e as coisas caminham para um filme de ação e simplesmente isso. Como já disse na chamada desta postagem. É uma magnífica animação, que não pode ser assistida por crianças. 

Nota: 7,5

Trailer do Filme:

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