Crítica: Enfim Viúva (Enfim veuve)
Depois de muito tempo consegui assistir ao filme Enfim Viúva o qual tinha visto o trailer quando assistia ao excelente A Riviera Não é Aqui. O problema é que o filme passou muito tempo alocado em uma das menores salas de cinema da cidade com capacidade para apenas 60 pessoas, por duas vezes fui a sala, mas sem lugares terminei optando por outras películas. Infelizmente o filme dirigido por Isabelle Mergault (Você é Tão Bonito) não correspondeu as expectativas que talvez tenha sido grandes até por causa das inúmeras tentativas de assisti-lo.
Na história a bela Anne-Marie (Michèle Laroque) aparentemente tem uma vida boa ao lado de Gilbert (Wladimir Yordanoff), um rico cirurgião plástico. Eles têm uma casa bonita, uma faxineira, móveis caros. Mas, numa segunda olhada, a vida para ela não é tão fácil como parece. Ela só se sente completamente feliz quando não está ao lado do marido, especialmente quando se encontra nos braços de seu amante, Leo (Jacques Gamblin). Quando Gilbert morre num acidente de carro, Anne-Marie finalmente se sente completa. O problema é que sua família, achando que ela está sofrendo não a deixa um momento sozinha a fim de dar apoio moral à pobre viúva. Agora, ela se sente mais presa do que quando o marido era vivo.
O que falta a Enfim Viúva são boas performances dos coadjuvantes em especial o filho e os familiares que não convencem. Larouque (O Closet) é um dos poucos alentos que conseguem sustentar o longa, tem uma boa presença mas infelizmente não conta com alguém a altura para que possa manter o filme atraente. Ainda que tenha tudo para agradar pelo potencial cômico da história, alguma coisa não funciona como deveria e muitas das situações são avessas à expectativa de quem o assiste.
No final o filme não consegue focar e nem agradar nos momentos de romance ou de comédia, o roteiro fraco além de uma trilha que não conquista o espectador não ajudam a criar um clima favorável. Sem talento para comédia, sem uma pegada intensa para o romance ou o drama, Enfim Viúva acaba sem foco. Isso explica porque o filme demorou três anos desde sua produção na França para finalmente estrear no Brasil. Ainda assim é melhor do que a maioria das produções hollywoodanas que aportam aqui e vivem de piadas forçadas e protagonistas vazios e mal trabalhados. Mesmo com todos os defeitos vale dar um conferida no filme especialmente para aqueles que gostam de filmes fora do circuito comercial.
Nota: 6,7
Trailer:
Texto de
Silvano Vianna
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2 Comente Aqui! :
O ator que faz o papel do filho da protagonista é péssimo!!! Talvez ele tenha alguma serventia em programas como Zorra Total ou A Praça é Nossa :)
Hahahahaha!
Ele esta bem fraquinho mesmo.
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