Crítica: Hannibal (Hannibal)

10 de outubro de 2010 1 Comente Aqui!

Este é o terceiro filme na ordem cronológica dos fatos e fora lançamento dez anos após o lançamento de O Silêncio dos Inocentes, em 1991. Muitos fãs dizem que o filme é muito inferior ao se antecessor e até disseram alguns anos depois que Dragão Vermelho também supera este trabalho. Concordo que dos três filmes da franquia original este seja o mais fraco, mas não considero que seja algo muito notável, pois este é um filme muito bom e muito acima da média. O grande problema que a obra enfrentou foi que exatamente por incitar mais a violência, Jodie Foster e Jhonatan Demme se recusaram a participar da continuação e foram substituídos por Juliane Moore e Ridley Scott. Com a recusa eles deixaram aquela leve sensação de vazio para os mais apaixonados pela franquia.

Ridley Scott nos apresenta uma película mais violenta e mais sanguinária, que ainda mantém um alto nível de produção, enredo e suspense. Nesta história, dez anos se passaram desde os últimos acontecimentos e presenciamos uma Clarice Starling com a carreira mais sólida e mais madura. Tanto tempo se passara desde seu último trabalho e muita gente ela já colocado na cadeia. O filme começa com mais um trabalho desses em que ela é a responsável pela missão, mas desta vez as coisas fogem do controle e levam toda a operação ao fracasso. Como diz o ditado, tudo que ela tinha construído foi esquecido em poucos segundos e sua chance de voltar a ter crédito no trabalho seria recapturar o canibal Hannibal Lecter. Somamos a esta história a busca que a quarta vitima, e único sobrevivente, do canibal impõe para capturá-lo e se vingar. Mason Verger é uma das "coisas" mais angustiantes do filme e olhá-lo cara a cara é um pouco complicado, pois seu rosto foi todo dilacerado.

Como já disse...É muito violento e exige um pouco de estômago de espectador. O brilhantismo ficou um pouco no passado e o terror psicológico virou físico. Considero que isto seja natural... Concordam que Clarice era o centro das atenções no primeiro filme? Pois bem... Agora o papo é com Lecter, suas refeições e matanças.

Como falar desta franquia e não falar que as atuações são perfeitas? Hopkins, nestes 10 anos de intervalo, não perdeu o fio da meada e continua sensacional. Frieza e perfeição fazem parte de suas cenas e é com magnitute que tudo é levado. Juliane Moore está muito bem, mas sofreu com as comparações e terminou sendo ofuscada por sua antecessora. Confesso que prefiro a Jodie Foster, mas não acho que Juliane tenha ido mal. Gary Oldman faz o papel de Mason Verger e apesar de passar o filme com o rosto deformado, conseguiu demonstrar diversas emoções.

O final do filme é outra coisa dura de encarar e só foi realmente levado a sério por se tratar de um personagem como o Hannibal. O sentimento daquilo ser trash não chega nem a passar por perto dos pensamentos do espectador, mas o sentimento de agonia toma conta da cena. Interessante foi que só agora soube que no livro, que é a inspirarão da obra, tinha um final totalmente diferente e que havia sido considerado pelo diretor impossível de ser filmado. A novo desfecho fora feito por Scott e aprovado pelo escritor original e é sensacional e chocante.

Se tiverem um tempinho? Assistam esta trilogia toda, pois é sensacional...na semana que vem coloco sobre o bom filme que mostra a Origem do Mal!

Nota: 8,5

Trailer do Filme:

1 Comente Aqui! :

  • Hugo disse...

    É com certeza o mais sanguinário da série. A cena da cabeça aberta de Ray Liotta é digna de filmes como "Re-Animator".

    Eu considero o mais fraco da série.

    Abraço

 
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