Crítica: Robin Hood

16 de maio de 2010 5 Comente Aqui!

Ontem finalmente pude assistir ao arrasa quarteirões Robin Hood, filme dirigido por Ridley Scott e novamente em pareceria com o astro Russel Crowe. O filme ainda conta no elenco com William Hurt e Cate Blanchett que dão um maior suporte dramático a obra. A fotografia fica em cargo de John Mathieson que também fez pareceria com Scott em Gladiador e Cruzada, não é á toa que os filmes visualmente são muito similares.

O diretor tentou contar uma história mais real de Robin Hood um exímio arqueiro, anteriormente interessado somente em sua auto-preservação, a serviço do exército do Rei Ricardo contra a França. Depois da morte de Ricardo, Robin segue para Nottingham, uma cidade que sofre por causa da exorbitante de impostos, onde se apaixona pela impetuosa viúva Lady Marion, uma mulher desconfiada dos motivos deste guerreiro.

Com o enfraquecimento de seu país depois de décadas de guerra, sofrendo com as regras ineficientes do novo rei e vulneráveis por causa das revoltas locais e das ameaças vindas de longe, Robin e seus homens partem para uma aventura ainda maior. Estes improváveis heróis e seus amigos pretendem proteger seu país de uma guerra civil sangrenta e devolver a glória para a Inglaterra uma vez mais.

Desde o início do filme eu tinha percebido que o roteiro e especialmente a edição não dava uma continuidade fluida a película. Ainda que recheado de vários clichês e situações improváveis o filme vai caminhando até bem, o dueto Crowe e Blachett funciona muito bem e sustenta boa parte do filme. O tempo vai passando e algumas coisas vão passando despercebidas outras vão sendo alinhadas sem muita conexão e a sensação que temos é que não existe uma trégua entre uma cena e outra o que algumas vezes pode confundir o espectador.

Mas quando esses problemas pareciam se resolver já no final do filme a coisa desanda de vez, até agora procuro compreender o que aconteceu. Não sei se foi briga com o estúdio que bancou o filme e cortou boa parte da película, descaso do diretor ou erro na distribuição. Mas sei que os últimos minutos do filme, da batalha final em diante ocorrem sucessivos erros de continuidade de uma maneira absurda, uma coisa que nunca ví nada igual nem nas produções mais trashs que já assisti. Não tem como eu dizer especificamente o que foi para não perder a graça da história, mas com certeza estragou o filme.



Nota: 5,5  (os erros de especialmente no final do filme diminuíram bastante a nota) 

Trailer:

5 Comente Aqui! :

  • Jraphael disse...

    Nao percebi esse erro todo de continuidade nao. Curti pra kct o filme, conseguiu contextualizar a lenda de robin hood com a historia inglesa da epoca. Referencias historicas excelentes, temos a assinatura e descumprimento da carta magna por joao sem terra, a revolta dos baroes (e semente da camara dos lordes), a falencia inglesa apos a campanha do lionheart... O filme é BEM extenso, mas passou com uma fluidez incrível, tenso na medida certa, não chegando nunca a cansar o espectador.

    Unicos poréns é a idade de Crowe incompativel com Robin, a total falta de quimica dele com a Cate Blanchett (q n convencem como casal) e os "poneis" (qm assistiu vai entender) q eh meio "WTF", mas não chegam a comprometer a pelicula.
    Palmas para o cenário, produção espetacular.
    Oscar Isaac também conseguiu mostrar um rei joao meio babaca e inseguro com maestria.
    A curta atuação da francesa Léa Seydoux também agradou, não conhecia a atriz mas ela convence demais em seu papel.

  • vi3ira disse...

    Discordo com a nota dada ao filme. Gostei muito do filme. Apesar de achar bizarro os "pivetes" indo para a batalha montados em poneis. Mas adorei a estratégia do pré robin hood, assim como no "X-Men Origens". Fora a batalha final que foi bem feita.

  • Tiago Britto disse...

    Pronto..Assisti o filme e já discuti até mesmo com Silvano sobre o trabalho. Acho que o filme ficou aquém das expectativas e não sei se foi por já ter ouvidos críticas fortes sobre a produção que aceitei os erros e terminei até gostando.

    Concordo que o final está muito mal trabalhado, mas afirmo que ele passará despercebido por muita gente. As vezes encontramos falhas por estarmos habituados a ver obras e encontrar seu problemas, ou até mesmo por fanatismo ao diretor.

    A verdade é que acho que o filme ficou mais para Gladiador do Arco e Flecha do que para Robin Hood, que aliás ele não é chamado assim durante o filme praticamente todo e quando é chamado ninguém mostra ele sendo "desmascarado".

    Gostei muito do Frei Tuck e das atuações de Maryon e Robin. A trupe formada pelo herói também está muito bem....

    No mais acho que a nota está bem dada para aqueles que possuem um olhar mais aguçado a ponto de perceber erros grotescos de direção. Para os mais distraídos e em busca apenas de diversão...daria uma nota 8.

    Quanto a menções históricas o roteiro realmente está interessante, mas no fim ou se perdeu ou teve de ser reduzido.

  • Cristiano Contreiras disse...

    Ah, de fato este filme não prioriza uma criatividade...mas, tem força sim e interpretações boas. Blanchett dominou muito, muitas cenas e é uma beleza assistir a seu vigor interpretativo, principalmente interpretando uma mulher de grande feminilidade e, acima de tudo, esperança em seu povo e em si própria...

    Crowe está menos enérgico que no Gladiador, mas eu gosto muito dele...

    É um filme que realmente não inova em nada, nem as cenas de batalhas surpreende - mas, ainda sim, gostei do foco do roteiro e das composições de Von Sydow, Oscar Isaac e Strong.

 
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