Crítica: Notorious B.I.G (Notorious)
Ontem assisti a cinebiografia Notorious (2009) que infelizmente não teve o seu percurso nos cinemas brasileiros e foi direto para as locadoras. O filme é dirigido por Geroge Tilman Jr mais conhecido por seu trabalho como diretor do mediano Homens de Honra (2000) e como produtor de outros filmes de comédia para o público afro-americano. O elenco é basicamente de desconhecidos contando com o estreante Jamal Wollard no papel do título, com maior destaque para o inconstante Derek Luke e a veterana Angela Basset.
O filme nos faz acompanhar a vida do jovem rapper Christopher Wallace (também conhecido como Biggie Smalls ou Notorious B.I.G.) desde a vida dura nas ruas do Brooklyn até as alturas do estrelato e reproduz suas reações às exigências crescentes da paternidade, do casamento e da carreira musical. Em meio ao caos e às controvérsias, o notável talento de Biggie e sua tenaz determinação ajudam a consolidar seu legado como um dos maiores nomes do hip-hop. O filme mostra sua meteórica escalada para a fama e a recusa em sucumbir às expectativas do que se convencionou chamar de "O sonho americano".
A história é bem densa, além de complexa, talvez se fosse dirigida por um diretor mais qualificado e estivesse nas mãos de um elenco mais veterano poderia ser facilmente um candidato a prêmios, mas não foi isso o que aconteceu. De um modo geral a película se salva por dar respostas sobre a trajetória dos mitos Tupac e B.I.G, ponto positivo também por nos fazer entrar nesse mundo a parte dos cantores de hip-hop. É muito interessante conhecer o início da carreira desse jovem e seus relacionamentos especialmente com Puffy e Tupac, que para mim são o ponto alto do filme. Tentar entender o processo que envolveu a morte prematura de dois gênios da música, que hoje são mitos pelo que fizeram para a música americana e especialmente pelo que ainda poderiam ter feito.
Outro fator interessante em assistir ao filme é que conseguimos nos conectar com o mundo vivido por B.I.G., suas relações conturbadas com as mulheres que passaram por sua vida e com a mídia também. Mas mesmo assim senti falta de uma maior dramaticidade, o diretor não é ruim, mas não é bom o suficiente para tirar tudo que a história pode dar, uma pena. O filme obviamente não atinge todo o seu potencial, mas vale dar uma conferida para tentar entender um pouco sobre a história trágica de dois mitos do hip-hop
Nota: 6,0
Trailer:
Texto de
Silvano Vianna
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Parabens pela critica.
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