Crítica: Forst/Nixon

19 de abril de 2010 4 Comente Aqui!

Mais um filme que fazia a sua estadia em minha casa, mas que eu teimava em não assistir. Quando sairam os primeiros trailers no cinema, logo me senti atraído por essa historia. Gosto bastante de filmes que retratem o passado e tentam recordar momentos importantes de nossa história com a máxima fidedignidade possível. Rixard Nixon foi um dos políticos mais controversos da história e representa um momento bem peculiar da Guerra Fria e da derrocada dos ideais democráticos americanos, onde os fins não justificaram os meios ao contrário de alguns políticos recentes, não é Sr. George W. Bush.

O filme aborda os bastidores da famosa entrevista de Nixon (Frank Langella) que ocorreu três anos depois de renunciar ao cargo de presidente dos Estados Unidos. No verão de 1977, o rígido e perspicaz comandante-chefe deposto aceitou participar de uma entrevista intensa para confrontar as perguntas sobre seu tempo na Casa Branca e o escândalo do Watergate que o levou à renúncia.

Nixon surpreendeu a todos ao selecionar David Frost (Michel Sheen) como o apresentador a quem iria confessar tudo com exclusividade. Da mesma forma, a equipe de Frost duvidava da habilidade de seu chefe para se segurar. Quando a câmera foi ligada, uma batalha entre os dois começou. Durante a entrevista, cada homem revelou suas inseguranças, egos e uma reserva de dignidade que, no fim das contas, pôs de lado a postura formal em uma exibição impressionante da verdade simples e pura.

Achei bastante interessante o modo como o competente diretor Ron Howard resolveu transcrever para as telas o filme, fazendo com que o mesmo fosse filmado como um documentário, contendo depoimentos de personagens próximos a Frost e Nixon. A trilha sonora de Hans Zimmer da o tom ao ambiente e ressalta os momentos de tensão no filme, assim como a excelente atuação de Frank Langella que faz uma bela parceria com o competente Michel Sheen mais conhecido pela trilogia Anjos da Noite.

O filme é muito bom, assim como a maioria dos trabalhos de Howard que já nos presenteou com Uma mente brilhante (2001), A luta pela esperança (2005), Apolo 13 (1995) entre outros. Nessa película ele consegue conduzir de uma maneira bem soave e interessante o espectador ao redor da mente dos dois personagens do título. De fato ao longo da história vamos entendendo um pouco a cabeça de ambos, Nixon e Frost com suas vaidades, suas peculiaridades e seu lado humano transparecem na tela. Para todos aqueles que não conhecem e até os que conhecem os fatos que envolveram este encontro vale e muito assistir ao filme, que é acima da média.

Nota: 8,0

Trailer:

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