Crítica: Distrito 9 (District 9)

Pelo que tinha ouvido falar esperava que Distrito 9 (District 9) fosse um filme que ia mudar a minha forma de enxergar cinema ou alguma coisa parecida. O estreiante Neil Blomkamp rodou o filme como se fosse um documentário o que algumas vezes torna o filme interessante e em outros momentos o deixa muito mastigado o que torna a película um pouco massante. Além disso ele transforma os problemas que anteriormente segregavam negros e brancos na África do Sul em um história de preconceitos entre homens e alienígenas, o que se torna uma crítica mais sutil ao apartheid.

Os cenários, figurinos e efeitos especiais não são de 1ª grandeza, mas também não comprometem tanto o filme. O roteiro é um repleto de clichês sobre corporações supostamente bondosas, que na verdade são malignas e redenção do opressor ao lado dos oprimidos, isso apenas torna o filme previsível, mas não tira a sua diversão. Por ser uma produção mais independente e de orçamento mais baixo os atores em geral são desconhecidos, isso não seria um problema se as atuações dos mesmos fossem mais convincentes.

De um modo geral o filme não passa de mediano e cheio de boas intenções e em momento nenhum cogitei que este merecia ganhar um Oscar de melhor filme, quiçá que fosse indicado para tal categoria. Se você é fã de cinema de uma forma geral deve assistir, mas sem maiores expectativas e talvez se divirta um pouco, já os leitores mais exigentes e rabugentos, nem passa perto e perca seu tempo pois ele em nada vai mudar ou acrescentar o seu gosto por cinema.

Nota: 6,0 


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