Crítica: Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)

Acho que sempre sou suspeito para falar dos filmes de Tarantino, que é um dos diretores que mais gosto, por ter um ritmo peculiar de fazer filmes controversos e violentos mas repletos de diálogos interessantes e boas reviravoltas, onde os mocinhos não se vestem em pele de cordeiro. Muitas pessoas não conseguem compreender os filmes de Tarantino ou aprecia-lo da maneira correta justamente por isso, ele gosta de usar de cenas violentas, mas constroe boas tramas cheias de referências Pops seja nos nomes dos personagens, na forma em que divide os seus filmes, nas trilhas e até com trailers de filmes falsos.

Em Bastardos Inglórios ele pega temas fortes como vingança e o holocausto e os torna não só acessíveis, mas excitantes e divertidos, uma coisa que poucos serão capazes de fazer. Além disso ele faz com que o roteiro não descambe para obviedades e se torne massante, acrescenta uma pitada de boas piadas e tensão a cada quadro, além de nos fazer torcer pela vitória do sadismo vingativo, algo acredito eu inédito no cinema. Talvez esse ao lado de Pulp Fiction sejam os seus maiores legados para o cinema até agora, cinema de qualidade, divertido e inteligente que não se encontra em qualquer esquina.

Desde Sntach - Porcos e Diamantes, eu já imaginava como seria Brad Pitty atuando em um filme de Tarantino e confesso que o resulto foi melhor do que pensei. Mesmo muito caricato o tenente Aldo Rayne, vai ficar para mim como uma de suas melhores atuações. Mas quem rouba a cena desde o primeiro momento do filme é o austríaco Christoph Waltz fazendo o papel do inquiridor Hans Landa. Ao longo da película ele constrói esse vilão como poucos, promovendo medo e raiva a aqueles que o assistem. Em um panorama geral o filme é muito bom, muito bem construído e ao mesmo tempo é divertido. Recomendo para todos aqueles fãs de cinema e filmes que saem da mesmice.

Nota: 10  

Trailer: