Crítica: Menina de Ouro

6 de março de 2011 0 Comente Aqui!

Aproveitando o embalado de Além da Vida e da recente postagem sobre o sempre maravilhoso Clint Eastwood, decidi que é a hora de falar sobre o melhor filme de sua carreira. A qualidade do filme é tanta que em seu ano de participação no Oscar (2005), ele abocanhou praticamente todos os prêmios mais importantes da disputa. Morgan Freeman foi eleito o melhor ator coadjuvante, Hilary Swank ganhou a estatueta de melhor atriz, Clint levou o de melhor diretor e o longa ainda foi coroado com o prêmio de melhor do ano. Não estou brincando quando digo que este filme é um daqueles capaz de emocionar o espectador e o fazer parar e repensar um pouco a vida, as conquistas e oportunidades.

A trama é mais uma daquelas que envolve os ringues de boxe, mas dessa vez vamos para o lado feminino da disputa. Escrever esta frase parece que o filme é aquele mesmo clichê que o lutador(a) vai aprendendo o esporte e em meio a tantas desconfianças acaba se tornando o campeão mundial. Não posso dar grandes comentários sobre a segunda metade do filme, mas como poucos ele se mostra um diferencial que o gênero quase nunca apresenta. Voltando a sinopse, uma garçonete de 31 anos não encontra em sua familia o amor que poderia ser lhe dado e em sua idade já precisa conviver com diversos fracassos. Sua fuga da realidade em que vive é realizada a partir do momento em que ela decide lutar boxe. No esporte ela ganha a esperança de uma nova vida, mas ainda era preciso convencer o melhor treinador, do decadente ginásio da região, a lhe treinar. Rebelde e "birrento" o velho Frankie Dunn se mantém na linha de durão e não aceita dar uma chance a moça. Nesse momento da história entra na trama Scrap, o faxineiro do lugar, que começa a tentar ajudar a garota e a motivar seu velho amigo a arriscar com Maggie.

Menina de Ouro é um filme que consegue mesclar sentimentos. Compaixão, esperança, medo e tristeza são algumas das sensações que o espectador se envolve durante a exibição do longa. A direção de Eastwood sofre até aqui uma evolução maravilhosa e consegue dar um tom maravilhoso ao seu trabalho. Cada tomada foi feita com muito cuidado, sem pressa e com a "pitada" certa de emoção. Confesso, até mesmo devido a minha idade, que quando vi este filme descobri e percebi que estava diante de um diretor de outro nível.Marquei este nome e não arrependo, pois Clint foi capaz de empregar muito bem o mesmo ritmo maravilhoso em seus trabalhos seguintes. Morgan Freeman é um gênio e um dos meus atores preferidos. Seu nível de trabalho aqui é intenso e na medida certa. Hilary Swank encarna este personagem maravilhosamente bem e não sai da linha uma só segundo. As grandes interpretações dos envolvidos na trama, aqui cito o próprio diretor que faz o papel de Frankie, são um ponto forte e talvez o motivo que faz o trabalho ser tão sensacional.

Se você ainda não viu, corra e assista. Esta é uma ótima indicação de filme para alugar e se envolver com um grande trabalho.

Nota: 10,0


Trailer do Filme:


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