Crítica: Santuário (Sanctum 3D)
O filme Santuário mistura drama e suspense subaquático, baseado na própria experiência pessoal do roterista Andrew Wright, que esteve próximo da morte quando liderou uma expedição de mergulho e ficou preso em uma caverna embaixo d’água, que teve sua entrada fechada após uma tempestade. Dirigido por Alister Gierson que trabalhou com documentários, o ponto forte da produção é o seu produtor o mago James Cameron e o uso de câmeras 3D como o sucesso Avatar.
No filme o líder de uma expedição para desvendar os mistérios de uma mega caverna é o mergulhador Frank McGuire (Richard Roxburgh) um especialista que explorou as cavernas Esa-ala, do Pacífico Sul, durante meses. Mas quando a sua saída é cortada em uma enchente, a equipe de Frank incluindo o seu filho de 17 anos Josh (Rhys Wakefield) e o financista Carl Hurley (Ioan Gruffudd) é forçada a alterar radicalmente os planos. Sem equipamento, a tripulação precisa navegar por labirintos debaixo d'água até encontrar uma saída. Logo, eles são confrontados com a pergunta inevitável: eles poderão sobreviver, ou eles estarão presos para sempre?
É difícil cativar o espectador nessas histórias de expedição, quando não se conhecem as motivações dos personagens e vive-se de estereótipos. Somos apresentados ao bilionário (que as vezes pode ser milionário) aventureiro, temos também o jovem sonhador, o explorador de caráter duvidoso e claro o explorador ferido que se recupera de seus próprios traumas. Mas o problema não são o uso dos estereótipos ou de um roteiro para lá de manjado, o problema são os atores e a direção.
Obviamente dirigir um documentário difere e muito de tentar criar um ambiente interessante para um filme de suspense e especialmente tentar tirar de atores desconhecidos e 2° escalão uma atuação digna de nota e nisso o novato Gierson falha feio. Já aos atores, o que dizer quando o mais conhecido é apenas o Sr. Fantástico de o Quarteto Fantástico sendo que no filme dos heróis da Marvel já fica evidente como ele é ruim.
Santuário é um filme que se vende em duas coisas, conta com o diretor de Avatar na produção e o uso de duas câmeras 3D em algumas cenas, mas isso não sustenta esse projeto fraco e vazio. Algumas cenas do 3D são interessantes, tem algumas passagens que temos belas tomadas, mas nada além disso. É complicado fazer as pessoas terem medo do mar, da chuva e da rocha, ainda mais quando tudo dentro da produção não ajuda para isso. Quando se tem um roteiro fraco, diretor fraco com atores fracos o filme claro vai ser bem ruim arrisque se quiser, mas não conte com o meu apoio.
Saiba aonde o filme está passando clicando aqui.
Nota: 4.5
Trailer:
Texto de
Silvano Vianna
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2 Comente Aqui! :
Deixei de ver este filme para rever Cisne Negro. Rs! Na sessão da tarde eu assito!
Abs.
Rodrigo
Vou fazer um comentário grande porque assisti ao filme na mesma sessão que Silvano e acho que tive uma idéia muito diferente. Gostei muito do filme e acho que ele cumpriu sua proposta. Quem assiste ou assistiu ao trailer entende que será um filme em que os atores não serão lá grandes coisas e que a tecnologia será o grande protagonista da trama. Sim, a versão em 3D é esplêndida e capaz de causar no espectador uma agonia real. As cenas são fortes e a tensão é garantida. Talvez eu seja frouxo, ou não esteja acostumado com este tipo de aventura, mas a verdade é que filmes deste gênero são sempre iguais e o que muda é a capacidade de fazer o espectador viver o que está acontecendo... Graças a James Camerom e sua tecnologia diferenciada garanto que você será capaz de vivenciar os acontecimentos e terminará gostando de um roteiro cheio de falhas. A versão em 2D eu já soube que não vale a pena, por isso, todo o meu comentário é voltado para a versão em Três dimensões. Hum... Não fiquem com raiva de algumas falhas do roteiro, fiz uma pesquisa na internet e segundo entrevista dos responsáveis pela produção, todos os acontecimentos foram verídicos, o que muda é que não necessariamente ocorreram nesta expedição. Portanto, uma pessoa acostumada a escalar montanhas, em um momento de tensão, pode ser burra o bastante para negar uma roupa, usada por um cadáver, que lhe manterá aquecida em uma caverna. Daria uma nota entre 7,5 e 8,0... Pela junção de efeitos e tensão causada. Os pontos perdidos ficam pela fraca atuação de alguns atores e pelas falhas de roteiro.
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