Crítica: Santuário (Sanctum 3D)

10 de fevereiro de 2011 2 Comente Aqui!

O filme Santuário mistura drama e suspense subaquático, baseado na própria experiência pessoal do roterista Andrew Wright, que esteve próximo da morte quando liderou uma expedição de mergulho e ficou preso em uma caverna embaixo d’água, que teve sua entrada fechada após uma tempestade. Dirigido por Alister Gierson que trabalhou com documentários, o ponto forte da produção é o seu produtor o mago James Cameron e o uso de câmeras 3D como o sucesso Avatar.

No filme o líder de uma expedição para desvendar os mistérios de uma mega caverna é o mergulhador Frank McGuire (Richard Roxburgh) um especialista que explorou as cavernas Esa-ala, do Pacífico Sul, durante meses. Mas quando a sua saída é cortada em uma enchente, a equipe de Frank  incluindo o seu filho de 17 anos Josh (Rhys Wakefield) e o financista Carl Hurley (Ioan Gruffudd) é forçada a alterar radicalmente os planos. Sem equipamento, a tripulação precisa navegar por labirintos debaixo d'água até encontrar uma saída. Logo, eles são confrontados com a pergunta inevitável: eles poderão sobreviver, ou eles estarão presos para sempre?

É difícil cativar o espectador nessas histórias de expedição, quando não se conhecem as motivações dos personagens e vive-se de estereótipos. Somos apresentados ao bilionário (que as vezes pode ser milionário) aventureiro, temos também o jovem sonhador, o explorador de caráter duvidoso e claro o explorador ferido que se recupera de seus próprios traumas. Mas o problema não são o uso dos estereótipos ou de um roteiro para lá de manjado, o problema são os atores e a direção.

Obviamente dirigir um documentário difere e muito de tentar criar um ambiente interessante para um filme de suspense e especialmente tentar tirar de atores desconhecidos e 2° escalão uma atuação digna de nota e nisso o novato Gierson falha feio. Já aos atores, o que dizer quando o mais conhecido é apenas o Sr. Fantástico de o Quarteto Fantástico sendo que no filme dos heróis da Marvel já fica evidente como ele é ruim.

Santuário é um filme que se vende em duas coisas, conta com o diretor de Avatar na produção e o uso de duas câmeras 3D em algumas cenas, mas isso não sustenta esse projeto fraco e vazio. Algumas cenas do 3D são interessantes, tem algumas passagens que temos belas tomadas, mas nada além disso. É complicado fazer as pessoas terem medo do mar, da chuva e da rocha, ainda mais quando tudo dentro da produção não ajuda para isso. Quando se tem um roteiro fraco, diretor fraco com atores fracos o filme claro vai ser bem ruim arrisque se quiser, mas não conte com o meu apoio.

Saiba aonde o filme está passando clicando aqui.

Nota: 4.5


Trailer:

2 Comente Aqui! :

  • Tiago Britto disse...

    Vou fazer um comentário grande porque assisti ao filme na mesma sessão que Silvano e acho que tive uma idéia muito diferente. Gostei muito do filme e acho que ele cumpriu sua proposta. Quem assiste ou assistiu ao trailer entende que será um filme em que os atores não serão lá grandes coisas e que a tecnologia será o grande protagonista da trama. Sim, a versão em 3D é esplêndida e capaz de causar no espectador uma agonia real. As cenas são fortes e a tensão é garantida. Talvez eu seja frouxo, ou não esteja acostumado com este tipo de aventura, mas a verdade é que filmes deste gênero são sempre iguais e o que muda é a capacidade de fazer o espectador viver o que está acontecendo... Graças a James Camerom e sua tecnologia diferenciada garanto que você será capaz de vivenciar os acontecimentos e terminará gostando de um roteiro cheio de falhas. A versão em 2D eu já soube que não vale a pena, por isso, todo o meu comentário é voltado para a versão em Três dimensões. Hum... Não fiquem com raiva de algumas falhas do roteiro, fiz uma pesquisa na internet e segundo entrevista dos responsáveis pela produção, todos os acontecimentos foram verídicos, o que muda é que não necessariamente ocorreram nesta expedição. Portanto, uma pessoa acostumada a escalar montanhas, em um momento de tensão, pode ser burra o bastante para negar uma roupa, usada por um cadáver, que lhe manterá aquecida em uma caverna. Daria uma nota entre 7,5 e 8,0... Pela junção de efeitos e tensão causada. Os pontos perdidos ficam pela fraca atuação de alguns atores e pelas falhas de roteiro.

 
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