Crítica: O Pior Trabalho do Mundo (Get Him To The Greek)

6 de fevereiro de 2011 1 Comente Aqui!


Este é mais um filme que consta na lista de melhores do anos de Quentin Tarantino, mas desta vez acho que ele errou feio. (Veja aqui a Lista Completa)

Nichollas Stoller aproveitou aqui o seu bom trabalho realizado com a comédia "Ressaca do Amor" e juntamente com Judd Apatow( O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos) decidiu que valeria a pena fazer uma espécie de continuação para o personagem "Aldus Snow", que na trama do primeiro filme é um cantor que rouba a namorada do protagonista. Isso já nos remete ao primeiro problema que encontrei na produção. Me desculpem a chatisse, mas em Ressaca do Amor Jonah Hill (Como Treinar Seu Dragão) interpreta o garçom do hotel que é fã de Aldus,  interpretado por Russel Brand. Aí ficou decidido que fariam uma continuação para a história do cantor, contrataram Russel para o papel, mas decidiram que Jonah Hill seria outro personagem. Eu sei e concordo que este não é um grande pecado, mas para as pessoas que gostaram muito do primeiro filme, como eu, isto fica como uma grande falha. 

Neste novo trabalho, a história gira exatamente ao redor do personagem de Jonah Hill, Ele interpreta um funcionário que recebe a missão de ir à Inglaterra convencer Aldus, que está em decadência, para realizar um show em Los Angeles. De primeira o rapaz até se animou, mas logo percebeu que esse período que tinha para cumprir a missão poderia ser curto demais, já que o cantor não tem nada na cabeça e está mais preocupado em atormentar sua vida. Com isso diversas situações são colocadas em cena e a comédia até acontece.

O começo do filme é até interessante. Ver a preocupação do funcionário tentando controlar um roqueiro maluco é cômico. Este é o momento que funciona do longa, a falta de discernimento do certo e do errado são capazes de colocar a dupla de protagonistas em situações que agradam ao público de maneira muito coerente. Tanto que apesar de achar que muitas das cenas propostas fossem exageradas, sou capaz de admitir que dei risada com algumas coisas e cheguei a imaginar que estaria diante de uma obra do nível de "Se Beber Não Case". Me enganei e muito! Se o filme começa interessante, ele logo se perde e esquece que está voltado para o gênero comédia. Um clima de drama surge em cena e uma preocupação irritante em justificar cada um dos conflitos dos personagens arrastam as cenas e fazem que você deseje que o filme acabe logo. Acreditem, até os personagens deixam de ser engraçados e passam a ser depressivos. Talvez o clima que é criado seja o que causou minha indignação ao ver algumas cenas que tentam arrancar risos na segunda metade da trama. A promiscuidade fica muito forçada e até mesmo as cenas clássicas de sexo não se justificam. Por outro lado, a trilha sonora é o melhor do filme e as menções que faz ao Rock são realmente inteligentes. A proposta de fazer música sobre qualquer tema também é um assunto interessante. 


Me deram um gostinho de comédia e terminaram me vendendo um drama. Não é bem isso que queremos quando colocamos um filme com Russel Brand e Jonah Hill não é mesmo? Para resumir, este é um filme que deve agradar algumas pessoas, mas ficou perdido e sem sentido para mim. 


Nota: 4,5


Trailer do Filme:

1 Comente Aqui! :

  • Mateus Souza disse...

    Imaginei que não seria mesmo um bom filme. Apesar de adorar Hill, acho Russel Brand muito sem graça. Tão tentando "vender" o rapaz em Hollywood, mas acho que não vai dar. Muito chato ele, hehe.

    =]

 
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