A trama de O Resgate inicia com um
arrombamento a um banco protagonizado por Will (Nicolas Cage), o maior ladrão de todos os tempos, e seu bando
formado pelo mau caráter Vincent (Josh
Lucas), a ingênua Riley (Malin
Akerman) e o engenhoso Hoyt (M. C.
Gainey). Toda a inventividade para que o resultado fosse bem sucedido não
foi suficiente para que as autoridades, lideradas pelo obsessivo Tim Harlend (Danny Huston), capturasse e colocasse o
criminoso atrás das grades, apesar de o restante do bando conseguir escapar. Durante
a perseguição, Will detinha consigo dez milhões de dólares, que não foi
encontrado com ele no momento de sua captura. Passados oito anos preso, Will é
solto, mas logo nos primeiros momentos de liberdade precisa lidar com as
autoridades no seu encalço e com o seqüestro de sua filha realizado pelo
ex-parceiro Vincent, agora um louco paranóico que exige reaver sua parte do
dinheiro sumido.
Dirigido pelo experiente
realizador de filmes de ação, o inglês Simon
West, de entre muitos, pode-se dizer que ganham destaque em sua filmografia
Con Air: A Rota de Fuga (1997) e Mercenários 2 (2012), O
Resgate vem a ser o reencontro do cineasta e o ator Nicolas Cage, com quem trabalhou no
primeiro filme já citado. Verdade que o oscarizado Nicolas Cage vem em uma torrente de filmes de qualidade duvidosa, o
talento dramático de outrora foi deixado de lado e o ator parece se divertir
muito mais nas produções que protagoniza para pagar as contas do que se
preocupar em entregar uma atuação convincente. Não acho que seja uma escolha
reprovável trabalhar apenas por um salário, sem maiores aspirações artísticas,
mas nessa de pular, sem critério, de filme em filme, o ator tornou-se uma
caricatura de si mesmo e será difícil se livrar desse estigma criado sobre ser
um ator de filmes ruins.
Apesar de ser uma obra repleta de
clichês dos filmes do gênero, soluções previsíveis e sem muitos contornos do
roteiro assinado pelo novato David
Guggenheim (para o cinema, tem no currículo apenas Protegendo o Inimigo, 2012), além da direção de arte desleixada e
personagens mal caracterizados e sem muito aprofundamento, O Resgate não é tão ruim
(leia-se péssimo) quanto parece ser. Em seus ligeiros e despretensiosos noventa
minutos de duração, entretém sem grandes contratempos, créditos evidentes para
a narrativa agradável engendrada pela montagem do americano Glen Scantlebury, colaborador assíduo de
Simon West e do diretor e produtor Michael Bay. Entre algumas
características reincidentes de produções de ação e aventura, creio que O Resgate, parafraseando o próprio
título nacional, procura resgatar o espírito dos filmes de golpes, tão comuns
nos anos 70 e recentemente revisitados em filmes como Uma Saída de Mestre (2003) e Onze
Homens e um Segredo (2001).
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