Crítica: As Mil Palavras ( A Thousand Words)

8 de julho de 2012 0 Comente Aqui!


No ano passado fiquei muito contente quando pude ver " o retorno" de Eddie Murphy ao bom nível de comédia nos cinemas, fazendo uma grande participação no longa Roubo nas Alturas. Como a grande maioria dos admiradores da sétima arte, sou mais um que gosta do ator e acredita que seus três jeitos e forma rápida de falar fazem dele um dos melhores comediantes que Hollywood já apresentou. Com toda essa áurea ao redor do astro, fiquei sabendo de uma nova produção que estava por vir e procurei saber um pouco mais sobre ela. Achei a estória digna e interessante, considerei uma premissa muito boa, mas na mesma hora fiquei preocupado por acreditar que ela não deveria ser uma comédia e muito menos estrelada por Murphy.

Na trama somos apresentados a um agente, chamada Jack McCall, que trabalha com a revenda e distribuição de produtos. Visionário, Jack encontra no Dr. Sinja uma oportunidade única de fazer muito dinheiro representando seu livro sobre os ensinamentos da vida. Astuto o agente arma uma sequência de argumentos e promessas capazes de motivarem o doutor a fechar negócio com ele, mas o que não estava previsto é que em meio a este negócio Jack deveria aprender uma grande lição. Uma árvore se conectou com ele e a cada palavra que ele desse uma folha cairia dela. A conexão entre a árvore e o protagonista era tanta, que as dores ou sentidos de um afetavam o comportamento do outro e é exatamente por isto, que se calar era preciso, pois o fim de folhas significaria a morte de ambos.

Conforme já mencionado na introdução, a premissa é interessante e se analisado mais a fundo é possível se aproximar de mensagens muito interessantes como, por exemplo, o pensamento de que como é importante saber utilizar as palavras certas para fazer o certo e o quanto muitas vezes falamos mais do que devemos. Caímos naquele velho dito popular de que temos duas orelhas e uma boca para ouvir mais e falar menos e esse com esse raciocínio, que seguimos com a produção.

Estamos diante então de um roteiro bom, porém rodeados de clichês para tentar transformar lições de moral em comédia. Não posso nem julgar a atuação de Murphy, pois seu jeito rápido de falar e tom de voz sempre foram seu diferencial. Sem eles sua atuação se torna caricata e simplesmente correta para arrancar alguns risos, mas mesmo assim ele fez o todo ser melhor do que realmente seria. Há algumas explicações que ficam em branco ou na verdade simplesmente acharam partir para o lado místico da coisa e não se sentiram na obrigação de explicar. Um pode divino que imperou para que alguém se redima de seus erros.

Estão vendendo esta produção como horrorosa e até sites famosos da internet não conseguiram gerar uma crítica positiva para a película. O que posso dizer é que não é tão ruim como dizem, mas não chega nem a ser um filme mediano. A premissa, volto a repetir, é interessante, mas a forma como decidiram abordar não foi a mais correta. É possível dar algumas risadas, mas mesmo assim ficou devendo e poderia ter sido algo muito melhor.


Trailer do Filme:

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