Desperate Housewives vem conseguindo se manter no ar como um bom entretenimento depois de ter umas duas temporadas de qualidade irregular e tentavam copiar o molde da primeira e melhor temporada da série. Depois que fizeram o plot saltar cinco anos, conseguiu-se uma melhora que vem dando resultado até hoje pois criou novas situações para serem exploradas. Nessa temporada, retorna Paul Young, o vilão da primeira temporada que cumpriu pena pelo assassinato de Felicia Tillman, que na verdade estava viva, e a descoberta deste fato levou a liberação de Young da cadeia.
Paul Young retorna a Wisteria Lane com um plano de se vingar de seus vizinhos, que nada fizeram para impedir seu encarceramento, afinal ele sempre foi suspeito de ter causado a morte de sua amiga (o que não foi o caso) e de matar Martha, irmã de Felicia Tillman. Uma boa ideia dos roteiristas de retomar o personagem porque o ator é muito talentoso e explora bem as nuances sombrias de Paul Young. Com um bom antagonista, a temporada só precisa que suas subtramas sejam interessantes para se ter um bom ano. E de maneira geral , foi o que ocorreu.
Susan e Mike agora com problemas de dinheiro, alugam a sua casa sem saber a Paul Young, que inicia seu plano de vingança por comprar as casas de Wisteria Lane com um objetivo misterioso que será revelado no meio da temporada.
Susan passa por inúmeros problemas nesse sétimo ano, uns que apesar da força dramática, são resolvidos de maneira tão pouco convincente, que o expectador mais exigente (os que assistem os dramas da HBO) ficariam irritados. Mas é sempre bom lembrar que o objetivos dos problemas de Susan são mais para divertir e causar um pouco de suspense e Teri Hatcher, a atriz que interpreta a personagem continua sempre engraçada. E para os fãs da serie vão notar que ela finalmente aprendeu a cozinhar, algo que motivo de piada nos primeiros anos. Quando ocorreu? Provavelmente nos cinco anos que a série pulou...
Bree encontra um novo amor em um rapaz mais jovem chamado Keith; o casal Solis descobre que Juanita não é realmente sua filha; e Linete e Tom Scavo passam sua maior provação no longo casamento com a ascensão profissional dele causando muitos conflitos de interesse entre ambos, o que acaba se tornando a melhor parte da temporada junto com o plot de Paul Young.
Vanessa Willians se junta ao elenco como Renee, uma mulher fútil que se separa do marido esportista (rico, evidentemente) e resolve morar perto da amiga Linete. A personagem não poderia ser mais insuportável, fazendo frente a superficialidade de Gabrielle Solis, que este ano ganhou mais força dramática diante da questão de ter sua filha biológica trocada, e talvez por esta razão parecer um pouco mais humana em vez do egoísmo das temporadas anteriores, não que isso tenha desaparecido descaracterizando a personagem. Renee, entretanto nunca sai do perfil überfútil e assim permanece irritantemente até o final, nunca conseguindo ser simpática.
Como sempre Desperate Housewives termina com um gancho para a próxima e última temporada, que já estreou nos Estados Unidos. O gancho une os personagens principais em torno do segredo a ser desenvolvido a seguir. Quanto a sétima temporada, todos os plots principais foram resolvidos, apesar que alguns foram feitos de maneira rápida e insatisfatória como o de Paul Young e Felicia Tillmann. Outros menores como o alcoolismo de Andrew, filho de Bree e a drogadição do filho de Paul foram conduzidos de uma maneira muito superficial diante da importância dos temas. Alguns plots foram simplesmente iniciados na temporada e depois completamente esquecidos ou mau conduzidos. Entretanto, apesar de não ser a melhor temporada da veterana série, ainda é acompanhável. Mas, assistir em maratona, como fiz, dá uma perspectiva melhor de ver alguns defeitos que poderiam ser deixados de lado se tivesse visto quando a mesma passava na TV. Agora, é aguardar o fim de Desperate Housewives em meados de 2012.
Texto de Master Sidious - Blog Iniciativa Global
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