Entrevista: Alessandro Vital - Promotor local do In-Edit Salvador

Essa é a reprodução da entrevista que fiz com Alessandro Vital o promotor local do In-Edit Salvador, foi feita durante a abertura do evento deste ano. Mesmo ela demorando um pouco de ser postada ainda é uma boa oportunidade de conhecer um pouco sobre a pessoa por trás da cortina. Infelizmente não achei nenhuma foto dele e não tirei nenhuma também no evento. Quem quiser clicando aqui confere a entrevista feita com Henrique Dantas, diretor baiano do filme que venceu o festival nesse ano.

Como surgiu a idéia de trazer este evento para Salvador?

A insatisfação gera isso, tentar mudar o panorama de cinema em nossa cidade e fazer um evento que atinja um tipo de produção que tem muito haver com o local em que vivo. Salvador é uma cidade extremamente musical e aqui também temos vários cineastas e muitas produções interessantes que estão para serem vistas.

Também o fato de termos morado em Barcelona; eu e Marcelo  (Andrade idealizador do evento no Brasil), nos conhemos por lá. Depois ele quando voltou e estabeleçeu o In-Edit aqui também converssamos bastante sobre a possibilidade de trazê-lo para Salvador. Sabíamos também que o evento não teria como acontecer ao mesmo tempo aqui, lá em Sampa e no Rio.

Sentamos e pensamos no que fazer até acharmos o formato ideal para ele acontecer em Salvador também.  As parcerias também foram essenciais para que o evento viesse para a nossa cidade, com o Museu (Cinema do Museu na Vitória), com os patrocianadores, com a produção integrada também com o evento de lá. Mas foi uma aposta deles e nossa também, que acreditamos nesse projeto.

Quais dificuldades vocês enfrentaram?

Inicialmente de montar mesmo esse evento que tem um conceito próprio, em alguns momentos também nos contatos com as produtores e distribuidoras. Achar parcerias pode não ser fácil, mas elas existem, tem que saber os caminhos para isso, tem que ter um projeto concreto que as pessoas apoiam e incentivam o evento.

Ajudou o fato que eu já tinha experiência em organizar eventos, fui um dos idelizadores do  Soononmoon. Em uma época em que não tínhamos cultura de rave eu apostei nisso e deu certo.  Isto ajuda muito, pois me deu uma noção que as coisas são possíveis por aqui, que tem mesmo patrocínio. Então eu sabia que daria para fazer o evento, Salvador é um sedenta por este tipo de coisa.

Vamos ter mais edições do IN-Edit em Salvador?

Eu acho que sim e espero por isso, mas vamos ver como vai ser. Estamos aqui fazendo nesse ano, ao que parece as coisas estão ocorrendo bem, mas depois que terminar vamos realmente avaliar e pensar em outras edições. Mas antes disso tem muita coisa, saber como foi mesmo a receptividade do evento, analisar falhas também, pensar nas possibilidades que poderemos ter. Pensar também se o formato agradou e juntamente com a organização do evento, Marcelo e o pessoal do Rio e de Sampa começar a programar as coisas e ai quem sabe né.

Qual é a sensação de fazer esse maquinário funcionar?

Nesse momento esta sendo muito boa, olhando para isto aqui (e aponta para o pátio lotado) e vendo as pessoas presentes isso incentiva muito. Por isto eu tenho a sensação de estar fazendo parte de algo muito especial. É um evento único, com um conceito muito próprio, com duas de minhas paixões música e cinema.

Nós temos uma visão horizontal, para as pessoas participarem, opinarem, pois elas que vão fazer esse evento ficar ainda melhor. Não é todo mundo que pensa assim, mas essa é uma realidade muito simples, as pessoas tem que vir para que o evento aconteça sempre e elas que nos dão um retorno dizendo o que esta bom ou não no evento para daí pensarmos em mudanças e melhorar mais ainda.