Crítica: Julie & Julia ( Julie & Julia )

Este filme surgiu da idéia interessante de adaptar dois livros em uma só produção. A história se divide nos anos 60 com a vida de Julia e seus aprendizados sobre culinária na França e a vida de Julie, uma jovem que mora em Nova York e que para fugir um pouco da rotina decidiu que deveria criar um Blog de culinária e confeccionar as receitas escritas por Julia no passado. A parte da primeira personagem se fundamenta na obra My Life in France, de Julia Child, e a segunda no livro Julie & Julia, de Julie Powell.


Aprofundando um pouco na trama, somos apresentados a uma mulher que enfrenta a dificuldade de se mudar para a França com seu marido, mas que termina se adaptando e gostando muito da nova moradia. Um pouco entediada ela decide que é hora aprender alguma coisa e entra para um grupo, de homens, de culinária. Lá ela se descobre uma exímia cozinheira e começa a revolucionar com receitas saborosas e maravilhosas. Por outro lado e em um período mais recente, somos apresentado a Julie Powell, uma jovem que apesar de ser muito competente, terminou sendo apenas uma atendente de telemarketing, algo que sempre lhe frustrou. Querendo entrar em uma nova aventura ela decidiu que todos os dias faria uma receita do livro de Julia e relatar suas experiências em um Blog. E é nesse fundamento que o filme se desenvolve, entrelaçando duas vidas em tempos opostos, mas que se assemelham com sua pretensões.


O filme começa um pouco devagar, mas a partir do meio se torna muito interessante e divertido. A direção de Nora Ephron está voltada para a apresentação de um obra bem leve, sem grandes reviravoltas e sem algum suspense. A verdade é que é possível saber tudo que vai acontecer e que não há a menor dúvida que todos terão sucesso. O diferencial é que o ritmo do filme é bom ao ponto de que isso pouco importa, sendo interessante mesmo saber como chegarão até aquele ponto esperado.


Outro ponto muito bom do filme é seu elenco. Maryl Streep é um atriz de carisma e faz uma personagem carismática de maneira que nem mesmo um sotaque forçado chega a irritar. O sorriso da atriz consegue manter o público animado e consegue divertir a homens e a mulheres. Amy Adams está linda na produção e com um rosto de "menina sonhadora" que dá ânimo ao espectador em torcer pelo seu sucesso e por suas vitórias. Para os gulosos de plantão ainda há pratos de dar água na boca em cena e o que me faz colocar a "comida" como terceira protagonista da trama.


É um bom passatempo, um filme doce e divertido. Tudo que peço é que não tenham preconceitos e se divirtam, pois é um filme para homens, mulheres, garotos e garotas. O longa não passa de uma comédia simpática, divertida e descompromissada.


Nota: 7,0


Trailer do Filme: