Crítica: Dragonball Evolution

A saga Dragonball é uma das mais significativas tanto em animes quanto em mangás, contando as histórias de Goku e seus amigos em um mundo totalmente diferente do que vivemos. A compreensão e percepção de artes marciais existente, além de conceitos como Ki, formaram um universo bem fantástico. Mas aí vem Holywood e seus roteiristas tentar adaptar a história para um contexto atual e de aceitação adolescente e terminou matando o filme.

Não bastando ter alterado praticamente toda a história o estúdio ainda teve a cara de pau de falar que era baseada na história escrita por Akira Toriyama, mas de fato só mantiveram os nomes dos personagens e embolaram todas as referências a Saiyajins, Namekuseijins e etc. Os personagens que eram divertidos no original, foram totalmente desconstruídos e se tornaram adolescentes querendo aceitação, uma coisa que nem de longe tem haver com o que tentou nos passar o mestre Toriyama.

No filme ao completar 18 anos Goku (Justin Chatwin) ganha de presente de seu avô, Grohan (Randall Duk Kim), uma bola pequena com a superfície macia e translúcida, chamada esfera do dragão. Dentro dela estão flutuando quatro estrelas. Existem apenas outras seis esferas idênticas, sendo que quem tiver todas em seu domínio terá um desejo perfeitamente realizado.

O passado de Goku está relacionado à existência das esferas, mas ele mesmo não o conhece. Grohan promete contar a verdade em seu jantar de aniversário, mas o jovem foge para ir à festa de Chi Chi (Jamie Chung), sua colega de escola. No período em que está ausente uma tragédia ocorre em sua casa, o que faz com que Goku e seus amigos partam para reunir as sete esferas do dragão.

As coisas ainda poderiam ter sido remediadas se ao menos as cenas de luta e os efeitos especiais fossem minimamente decentes, mas nem isso. Parece que o estúdio resolveu economizar cada centavo e ganhar dinheiro apenas no nome da franquia que tem milhões de fãs pelo mundo. O descaso foi tão grande que bons atores como James Masters ou Chow Yun-Fat foram pouco aproveitados, personagens como Chaos e Tenshin Han deixaram de aparecer e os "poderes" dos personagens foram deixados de lado.

Dragonball Evolution peca no que a maioria das adaptações dos games erraram, não foram levadas a sério o suficiente para terem um roteiro decente, atores de qualidade e efeitos especiais de qualidade. O que se vê na tela é uma história confusa, capenga e que nada tem haver ou lembra a mitologia criada por Toriyama. Para desespero dos fãs o estúdio responsável já planejou uma seqüência e as coisas não parecem nada promissoras também para essa continuação. Meu conselho, alugue ou baixe o seriado animado ou ainda faça melhor, compre os mangás, mas corra desse filme porque não irá te acrescentar em nada.

Nota: 1,5 (tem Dragonball no título)


Trailer: