Estes últimos anos foram prolíficos para Maurício de Sousa: a Turma da Mônica Jovem vende litros, Os livros dos 50 anos com várias versões divertidas e curiosas do seu panteão de personagens, e um novo projeto: a invasão para as Graphic Novels, que como Marjane Satrapi - escritora de Persépolis - diz: é apenas um modo chique de falar “HQ” para adulto não se sentir infantilizado.
- As próximas edições das Graphics Novels.
Nomenclaturas a parte, esse novo projeto começa com Astronauta: Magnetar. Com duas versões (capa dura e brochura / 82 páginas), a obra assinada por Danilo Beyruth (Necronauta) nos desenhos e roteiro eleva a enésima potência uma história cujos sentimentos como solidão e, de certa forma , autruísmo do Astronauta em abandonar amigos, pais e amor para desvendar o que há além do universo, drama reduzido ao olhar infantil necessário nas publicações rotineiras do personagem.
A arte de Danilo (que conhecia pelo seu trabalho no estúdio Macacolândia, no qual é o sócio-fundador) é muito competente - as armaduras me lembraram de cara os sketches do finado Moebius para Alien - e harmoniza com a escolha de uma paleta de cores pequena por Cris Peter, no qual a sutileza torna-se aliada, tornando imperceptível para um olhar desatento quando a fantasia cede espaço à realidade nas páginas.
- Capa.
A história segue a premissa da solidão do Astronauta como uma releitura da história original... BEM, releitura não; É a história original em uma visão adulta, que segue num crescendo - com uns tracinhos de Lunar aqui, 2001 acolá... - até dar uma “guinada feliz” no final, que poderia ter mais culhones, mas realmente você fina na dúvida se Beyruth aliviou a mão ou foi por pressão editorial e, como Danilo escreve em uma dedicatória “se Maurício apenas emprestou seus brinquedos” (que aposto na primeira; em Maurício We Trust).
Além da história, algumas informações sobre o Astronauta original como o primeiro quadrinhos, estudos de personagem e quadros e uma palavrinha do Danilo.
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