Quem gosta de filmes de terror com certeza já ouviu da Hammer Horror. Fundada em 1934, a companhia começou a ter sucesso nos anos 1950 quando se tornou a "Hammer House of Horror", conseguindo contratos com os grandes estúdios de Hollywood (Universal, Columbia, 20th Century Fox) pra distribuir os seus filmes do outro lado do Atlântico. A influência da Hammer foi enorme - basta ver como ela impactou a obra de Tim Burton. A Hammer continua na ativa: nos últimos anos ela lançou o imperdível Deixe Ela Entrar (2008) e o mediano A Mulher de Preto (2012) estrelado por Daniel Radcliffe, famoso internacionalmente pela cinessérie Harry Potter.
A Maldição de Frankenstein (1957)
Baseado no clássico Frankenstein (1816) de Mary Shelley, A Maldição de Frankenstein foi o primeiro filme colorido da Hammer, e o primeiro da série "Frankenstein" lançada pelo estúdio. Na época condenado pela crítica como um "espetáculo degradante", o filme foi recebido de braços abertos pelo público. O seu sucesso internacional garantiu o nicho de mercado da Hammer, e hoje é considerado um marco do gênero. A Maldição de Frankenstein tem no seu elenco dois monstros sagrados da Hammer: Peter Cushing, no papel do criador, Victor Frankenstein, e Christopher Lee, no papel da criatura que sempre foi mais vítima do que vilão.
O Vampiro da Noite (1958)
Considerado o melhor filme sobre Drácula já feito, O Vampiro da Noite escala novamente a dupla Peter Cushing / Christopher Lee para representar, respectivamente, o Dr. Van Helsing e o Conde Drácula. Algumas pessoas reclamaram das "liberdades" tomadas com a história original, mas não foram nada que alterassem dramaticamente a qualidade do enredo. A contínua relevância do filme, 50 anos depois de lançado, é prova disso.
O Cão dos Baskervilles (1959)
Provavelmente o filme mais elogiado do catálogo Hammer, O Cão dos Baskervilles é uma adaptação do livro homônimo de Sir Arthur Conan Doyle. O herói da trama é o brilhante (e extremamente idiossincrático) detetive Sherlock Holmes, que investiga as misteriosas mortes de uma família aristocrata, os Baskervilles, amaldiçoados a centenas de anos por um cão fantasmagórico. Se você gosta de um bom filme de detetive à moda antiga esse aqui é parada obrigatória!
A Maldição do Lobisomem (1961)
A Maldição do Lobisomem é o único filme da Hammer a tratar de licantropia, e a produtora britânica não fez feio na sua breve incursão no tema. O filme é conhecido pela maquiagem exemplar feita por Roy Ashton e pela pesada censura que sofreu... Afinal, o personagem principal é filho de um estrupro de uma servente muda por um mendigo meio homem, meio animal. Uma das características de importância histórica do filme é a sua música: foi o primeira produção britânica é ter uma trilha sonora composta com técnicas serialistas (traduzindo: atonais).
As Bodas de Satã (1968)
Depois da bilheteria fenomenal de O Bebê de Rosemary (1968), de Roman Polanski, Hollywood explorou com cupidez o sensacionalismo em torno do tema satanismo. O pessoal da Hammer, no entanto, já tinha adiantado o lado deles nesse quesito. No papel do Duc de Richleau, herói e protagonista da trama, o lendário Christopher Lee tenta dissuadir um protegée seu de vender a alma para o Lorde das Trevas. Destaque para o vilão Mocata (Charles Gray), inspirado em Aleister Crowley, o maior (e mais polêmico) ocultista do século XX, uma figura cujos ensinamentos inspiraram de Led Zeppelin à Raul Seixas.
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