Resenha de Filme: "A Noviça Rebelde" (1965)

28 de abril de 2013 1 Comente Aqui!



Escrever uma coluna sobre musicais e não escolher falar logo de "A Noviça Rebelde" seria no mínimo uma má escolha. O filme que encantou e encanta gerações, sendo assistido por avós e netos não poderia ficar de fora das minhas resenhas.

A nossa adorável noviça Maria (interpretada pela maravilhosa Julie Andrews) é uma garota alegre, espontânea, que sai do convento para trabalhar na casa do rígido Capitão Von Trapp (o não menos maravilhoso Christopher Plummer), e acaba se vendo apaixonada por ele. Porém o que seria apenas uma história de amor, é uma deliciosa aventura musical de uma família que adotaríamos como nossa.

No início do filme, somos apresentados à Maria, e seu eterno desencontro com os moldes do convento. Ela vive cantando, faz suas tarefas sempre de ótimo humor, e adora correr livremente pelas colinas que rodeiam o convento (quase uma princesa dos desenhos da Disney). É então que a sua madre superiora lhe aconselha que ela saia do convento e vá em busca de algo que realmente ame. Seguindo os conselhos, porém de forma um tanto receosa, Maria vai então ao encontro da família Von Trapp. Ao chegar lá, se depara com uma casa sem vida, sem carinho, sem amor e claro, sem música. O Capitão trata seus 7 filhos como soldados, quase em um regime militar, com horário para comer, estudar e dormir, além de obediencia sem contestação. Maria logo se mostra um raio de sol naquela casa sem vida, mas primeiro tem que driblar a não aceitação dos meninos, a falta de sensibilidade do capitão e todo o rigor da época.

Porém, como se era de esperar as crianças a adoram, o capitão se vê desafiado pela garota, e a vida de todos começa a mudar. Porém, o nazismo está assolando o país (Austria, onde se passa o filme), e esse é o enredo por trás da história principal, sendo o clímax da história quando a família tem que fugir para sobreviver.

A direção de Robert Wise é primorosa com passagens elegantes, uso de ângulos de câmera que favorecem o contar da história (como os recusros utilizados nas cenas das colinas da Aústria), além de saber dosar o uso das músicas nas passagens corretas da história. As atuações de Julie Andrews e Christopher Plummer também são memoráveis, a química entre os dois é a certa para fazer o telespectador acreditar no romance deles. E pensar que a direção seria de William Wyler, mas ele foi afastado por divergir das idéias dos produtores, e um ator que chegou a ser cogitado para viver o Capitão Von Trapp foi Yul Brynner (de "O Rei e Eu", mas não sei se seria a melhor opção. Ainda prefiro Plummer).

O filme foi indicado a vários prêmios, tanto Globo de Ouro - Melhor Filme - Comédia/Musical
Melhor Atriz em Comédia/Musical - Julie Andrews (vitorioso nessas duas categorias) e ainda tendo indicações em Melhor Diretor - Robert Wise, Melhor Atriz Coadjuvante - Peggy Wood; quanto ao Oscar - Melhor Filme, Melhor Diretor - Robert Wise, Melhor Edição, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, os quais saiu vitorioso, e ainda foi indicado aos prêmios de Melhor Atriz - Julie Andrews, Melhor Atriz Coadjuvante - Peggy Wood, Melhor Fotografia a Cores, Melhor Direção de Arte a Cores e Melhor Figurino a Cores; também foi indicado ao Bafta na categoria de Melhor Atriz britânica - Julie Andrews.

E um fato bem interessante é que os personagens que tanto encantaram gerações realmente existiram, eram eles o capitão da Marinha austro-húngara Georg Ludwig Ritter von Trapp e a noviça Maria Augusta Kutscher, que casaram-se e tiveram mais 3 filhos.

FONTE: Google


Uma história envolvente, cativante, com músicas bem escritas e interpretadas, que marcaram época e continuam embalando famílias inteiras, que durante os 177 minutos da película se sente um pouquinho na família Von Trapp também (afinal, quem nunca dançou ao som de "Do Re Mi" que atire a primeira pedra!)




FICHA TÉCNICA
Diretor: Robert Wise
Elenco: Julie Andrews, Christopher Plummer, Eleanor Parker, Richard Haydn, Peggy Wood, Charmian Carr, Heather Menzies-Urich, Nicholas Hammond, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie Turner, Kym Karath, Anna Lee, Portia Nelson, Ben Wright, Daniel Truhitte, Norma Varden, Gilchrist Stuart, Marni Nixon, Evadne Baker, Doris Lloyd
Produção: Robert Wise
Roteiro: Ernest Lehman
Fotografia: Ted D. McCord
Trilha Sonora: Irwin Kostal
Duração: 171 min.
Ano: 1965
País: EUA
Gênero: Musical
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation / Robert Wise Productions / Argyle Enterprises 

1 Comente Aqui! :

  • Anônimo disse...

    oiii, passei para conhecer seu blog e ameii.
    Parabéns pelo incrivel post.

    Obrigada pela visita lá no meu blog.

    Bjus Girl
    apenasumdiariovirtual.blogspot.com.br

 
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