Resenha de Filme: Os Croods - Uma Aventura das Cavernas (The Croods)

31 de março de 2013 0 Comente Aqui!


Os Road Movies estão com a bola toda nos cinemas brasileiros. A Busca, filme nacional protagonizado por Wagner Moura, que está em cartaz, aborda esta temática de forma melancólica e Os Croods, mais nova animação do diretor de Como Treinar Seu Dragão, apresenta a mesma estrutura, porém de forma muito mais interessante e divertida, sendo uma daquelas produções que irá animar a garotada e entreter, com muita competência, os acompanhantes de plantão. Levei meu afilhado ao cinema e, além de me divertir bastante, terminei o dia com a sensação de dever cumprido ao ouvir: " Esse filme foi demais dindo!".

A trama gira em torno da família Croods, cujo o patriarca, Grug, ensinou aos filhos que sempre deve-se temer o novo e que a curiosidade pode causar a morte. Eles só saíam da caverna para caçar o alimento do dia, afinal de contas todos os seus vizinhos já haviam sido mortos pelas ferozes criaturas que lhes cercavam. Eep, filha mais velha do casal, não suporta mais viver na escuridão e acredita que é hora de encarar o mundo afora e descumprir todas as regras impostas pelo pai. Numa dessas escapadas, ela conhece um garoto diferente, que lhe informa sobre a proximidade do fim do mundo. Devido aos efeitos naturais desse desastroso evento, Grug é forçado a encarar o mundo e rumar em busca de um novo local seguro. O que ele não esperava é que sua família agora estaria em dúvida de continuar vivendo no escuro ou aproveitar a luz do amanhã.

A animação não foca muito em diálogos inteligentes, porém sabemos que por trás das falas bobas sempre podem ser tiradas mensagens interessantes. Seguir os próprios sonhos, não ter medo de arriscar e perceber que cada pessoa tem o direito de viver da maneira que melhor entender, são alguns exemplos dos pensamentos transmitidos.  Quando o assunto passa a ser a diversão, a produção decide por utilizar, muito bem por sinal, a comédia física, que apresenta milhares de trapalhadas da família e as particularidades de cada um dos membros da família Croods. Impossível não se divertir com essas tomadas, que não precisam ser apelativas ou apostar em simples flatulências. 

O visual do filme é esplêndido e o novo mundo criado nos remete as mais belas cenas do filme Avatar, de James Cameron. Impossível não se fantasiar com as criaturas estranhas que surgem na tela. O espectador se sente curioso com o universo desenvolvido e se torna ainda mais próximo da película. A trilha sonora é muito divertida e com muitas canções que servem para ditar o ritmo das aventuras dos Croods. Não estamos falando da produção perfeita, pois alguns personagens são bastante caricatos, como, por exemplo, a anciã da família, que apesar da longa idade continua ativa e metida a esperta ou o irmão, que no fim das contas é o mais bobo de toda a trupe. Isso não afeta muito o resultado final da obra, porém diminui um pouco sua credibilidade.

Falando em resultado final, confesso que por alguns segundos cheguei a pensar que estaria diante de um excelente final de animação, daqueles que transmite uma grande mensagem e não precisar ser dos mais felizes. Uma pena, que a vontade e a certeza de que é possível se fazer uma continuação tenha jogado este final, lindo e contagiante, no lixo. Com poucas ressalvas e bastantes elogios, é possível dizer que esta é uma animação acima da média e daquelas que vale muito ser conferida. 


Trailer do Filme:


FICHA TÉCNICA
Diretor: Kirk De Micco, Chris Sanders
Elenco:
Produção: Kristine Belson, Jane Hartwell
Roteiro: Kirk De Micco, Chris Sanders
Fotografia: Yong Duk Jhun
Trilha Sonora: Alan Silvestri
Duração: 103 min.
Ano: 2013
País: EUA
Gênero: Animação
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: DreamWorks Animation
Classificação: Livre

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