Resenha de Filme: O Impossível (The Impossible)

29 de dezembro de 2012 1 Comente Aqui!

Nessa semana entra em cartaz nos cinemas brasileiros o drama "O Impossível", filme que trata dos trágicos eventos acontecidos em 2004 quando um Tsunami enorme atingiu o sul da Ásia devastando várias comunidades e matando milhares de pessoas. O longa chega com boas expectativas capitaneadas pela qualidade e cuidado que a produção teve com vários detalhes, que proporcionam uma película muito realista, principalmente por causa da atuação de Naomi Watts (Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, J. Edgar), o que inclusive lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro.

O projeto é comandado pelo espanhol Juan Antonio Bayona (O Orfanato), que fez um bom trabalho por trás das câmeras conseguindo criar um filme realista, tenso e comovente em muitos momentos. Acho que o grande mérito do Bayona foi conseguir emergir o espectador dentro deste desastre e fazê-lo ter a noção do quanto este desastre pode ter sido impactante na vida de tantas pessoas. Além disso, ele também conduz o elenco muito bem e tira boas atuações de praticamente todos os protagonistas. Ainda que em alguns momentos o roteiro exagere no drama, o resultado final é muito satisfatório.

O filme aborda a história de uma família em meio ao tsunami que assolou o litoral da Tailândia, em 2004. Maria (Naomi Watts), Henry (Ewan McGregor) e seus três filhos iniciam suas férias em busca de alguns dias de sossego no paraíso tropical, porém, na manhã de 26 de dezembro, enquanto a família relaxava na piscina, depois das festividades de Natal, uma enorme parede de água vem ao seu encontro.

Ao longo da projeção fiquei impressionado com os cuidados e o trabalho da equipe de produção. Sei que hoje a CG (computação gráfica) tem um grande impacto em qualquer filme e pode alterar perfeitamente a percepção do que é ou não real (As Aventuras de PI é uma grande prova disso), mas este filme com certeza não teria esse mesmo impacto se dependesse somente desta tecnologia. O diretor, sabiamente, desde o início do filme faz o espectador se conectar com esse desastre não apenas por imagens mas também pela força do som. Ele só consegue sucesso nessa sua empreitada por causa do ótimo trabalho de sua equipe de edição de som, que são capazes de fazer com que o espectador compreenda a força de um tsunami.

Outro aspecto positivo durante toda a projeção foram as interpretações dos atores principais, mesmo os meninos que faziam os filhos de Watts e McGregor foram muito convincentes e algumas vezes até comoventes. Se Watts brilhou na primeira metade do longa Ewan McGregor (Amor Impossível, Toda Forma de Amor) não ficou muito atrás e presenteou o espectador com um belo trabalho também. Nem tudo são flores, o roteiro do longa em muitos momentos exagera na dose de drama e torna o filme meloso ou forçado, mas no pesar da balança  O Impossível continua sendo um filme muito bem feito, que poderia ter sido ainda melhor se não fossem alguns deslizes. Ainda com estas poucas ressalvas o espectador pode e deve conferir essa produção no cinema sem medo e provavelmente vai sair satisfeito com o resultado final.





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