O cinema de terror americano,
principalmente o considerado mainstream,
passou da hora de se reinventar, mirar novas situações, respirar ares
diferentes. Infelizmente, as primeiras afirmações partem de alguém que é um
entusiasta desse gênero e que cada vez mais tem se decepcionado com o que vem
sendo feito na terra do Tio Sam, em priori, essas produções que se consideram
“sérias”. Rapidamente, tomemos, por exemplo, algumas de suas principais
produções da temporada até agora: A
Entidade, Atividade Paranormal 4
e Filha do Mal. Mesmo alternando
entre si, algumas com mais qualidades que as outras, são filmes que facilmente
caem no lugar comum e a recente obra aqui em questão, Possessão, produzida por Sam Raimi e dirigida pelo dinamarquês Ole Bornedal não é diferente.
Ainda que se possa encontrar no
filme uma, duas ou três novidades interessantes, como o exorcismo praticado por
um rabino, um demônio originado de uma história judaica e a tal mão sinistra,
que ilustra o pôster, saindo de dentro de um corpo possuído, a narrativa frágil
e deveras formulaica, se alimenta das características mais batidas do gênero.
Assim, não demoram a aparecer na trama o especialista sobrenatural, deixando
tudo “explicadinho” para o protagonista, os sustinhos esquemáticos que somente
tem eficiência em espectadores menos atentos ou até mesmo, cito um recente
clichê que passou a ser um dos mais utilizado em dez de dez filmes de terror
americanos: a reveladora e poderosa pesquisa no google.
A trama de Possessão, em um primeiro
momento, consegue ser até intrigante, explorando a idéia de uma recente lenda
urbana sobre uma misteriosa caixa habitada por um demônio. Como curiosidade
mórbida, descobri pesquisando que existem até relatos de vendas do artefato nos
mercados livres da vida e o roteiro concebido por Juliet Snowden e Stiles White
baseia-se em um artigo (Jinx in Box)
escrito pelo jornalista Leslie Gornstein
relatando o comercio dessa macabra caixa. No entanto, mesmo sendo uma história
das mais curiosas, passa-se longe de alguma fidelidade narrativa sobre a
temática, pois sua contextualização simplória, ordinária, apenas diminui o
impacto que o conto poderia ter. Quando me refiro ao habitual preguiçoso da
obra, também englobo sua trilha sonora, direção de arte e efeitos especiais.
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Cada vez mais os produtores de Hollywood tem medo de arriscar. Por isso estas fórmulas gastas continuam sendo repetidas a exaustão.
Abraço
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