Lançado diretamente para home-video no Brasil, até por ter tido
uma carreira pífia nos cinemas ianques, Perseguição Implacável é uma
realização que bebe diretamente da fonte dos filmes de Jason Bourne, os James
Bond mais recentes e também do Busca
Implacável de Liam Neeson.
Infelizmente, a salada de referências não se mostra tão eficiente como seu
diretor, o alemão Philipp Stölzl,
gostaria e desprovida de uma identidade própria, torna-se uma obra genérica,
repleta de “lugares comuns” e dispensável até.
Embora entre as problemáticas
aparentes, como o já citado excesso de clichês e suas reviravoltas mais do que
previsíveis, o filme consegue a proeza de prender a atenção do espectador,
principalmente pelo seu ritmo de thriller
de ação frenético, ainda que ordinário, mas deveras curioso. Digo isso, porque
não é qualquer produção do gênero que carrega uma vistosa fotografia e uma
atuação esforçada de seu protagonista, um Aaron
Eckhart “cortando um dobrado” para trazer profundidade para seu personagem
sem muitos contornos dramáticos.
Na trama baseada no roteiro do
novato Arash Amel, Ben Logan (Aaron Eckhart) é um desenvolvedor de
novas tecnologias em uma empresa de ponta situada na Bélgica. Com o falecimento
de sua ex-esposa nos EUA, ele se vê obrigado a cuidar de sua filha adolescente,
a rebelde Amy (Liana Liberato).
Depois de uma noite com a filha no hospital, pois a mocinha se intoxicou com um
alimento, Ben resolve passar bem cedo no trabalho para averiguar se uma
documentação foi entregue. No entanto, ele tem uma assustadora surpresa: toda
sua divisão, como em um passe de mágica, sumiu do mapa e para completar, ele começa
a ser violentamente perseguido.
Claro que Ben não é o sujeito
pacato que parece ser, na verdade, ele é um ex-agente da CIA com um passado dos
mais obscuros. Não demora também até que suas antigas habilidades sejam
exigidas para proteger a filha, como o disfarce, passando pela luta corporal e
o amplo conhecimento bélico. Nessa fuga desenfreada pela capital belga, pai e
filha entrarão em conflito, se depararão com diversos oponentes, procurando
soluções improváveis para a enxurrada de problemáticas. Nesse contexto, entra
alguns fantasmas do passado, como a agente Anna, interpretada pela russa Olga Kurylenko, curiosamente desprovida
de seu habitual sexy-appeal e
trazendo uma atuação um tanto questionável.
1 Comente Aqui! :
Além do seu texto, o trailer deixa a impressão de um filme de ação que prende a atenção, mas que será esquecido rapidamente.
Abraço
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