Crítica: Os Candidatos (The Campaing)

12 de novembro de 2012 1 Comente Aqui!

Não é de hoje que as campanhas políticas se ridicularizaram e consequentemente passamos a ver palhaços, dançarinos e ex participantes de realitys shows falando asneiras na televisão, durante o horário eleitoral. o longa Os Candidatos foi lançado no Brasil próximo as decisões do segundo turno das eleições municipais, deste ano, e apesar de ser caricato e demasiado clichê, não deixa de ser a mais pura verdade.

Na trama, somos apresentados ao democrata Cam Brady, que concorre a sua quinta eleição sem concorrentes. Cam é corrupto e um péssimo deputado, mas, como ele mesmo diz:" Um grande político". Tudo se encaminhava para mais uma vitória, mas um deslize lhe custou reputação e chamou a atenção de magnatas republicanos cheios de interesses políticos, que decidiram bancar a candidatura de um concorrente, que fosse fácil de ser manipulado. É no meio dessa armação que Mark Huggins, um rapaz ingênuo e diferente do comum, acaba entrando no universo da politicagem.

O fato dos exageros do filme serem bem próximos das besteiras que vemos por aqui termina favorecendo a produção, que ganha o apreço do espectador que assiste ao debate eleitoral sabendo que vai ver mais bate boca e acusaçōes do que propostas de melhoria, ou que o candidato vai se utilizar de diversos termos complicados e linguajar robusto para escapar dos questionamentos que lhes fizerem. Outro ponto forte da película são as atuaçōes de seus protagonistas, que dão um show de improvisação e humor físico. Will Ferrell e Zach Galifiniaks estão aqui em grande forma.

O ponto negativo da produção fica no simples fato dela desde o primeiro instante se apresentar um humor sem compromisso e sem grandes preocupaçōes, mas ainda arrumar tempo para um desfecho manjado, irreal e repleto de mensagens corretinhas para dizermos um viva a democracia. Há também momentos bobos demais, mas que não irritarão aqueles que já sabem como são os filmes destes atores e que estarão diantes de uma comédia pastelão.

No fim fica a mensagem de que os candidatos são meras marionetes em qualquer lugar do mundo e que a corrupção, apesar de absurda no Brasil, é problema de todo mundo e fruto do mundo ao qual nos encaixamos. já que elegemos palhaços e dançarinos como protesto...Porque não dar risada com um filme sobre o assunto? É rir pra não chorar.




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