Crítica: 007 Somente Para Seus Olhos (007 For Your Eyes Only)

28 de novembro de 2012 0 Comente Aqui!



Apesar do sucesso em bilheteria, 007 Contra o Foguete da Morte foi um fiasco de crítica e se encaixou como um dos, senão o pior, piores filmes de toda a franquia. Os produtores logicamente perceberam que era hora de mudar novamente o rumo dos acontecimentos e decidiram dar uma chance ao diretor John Glen, que havia trabalhado nos filmes do agente como editor. John Glen decidiu que precisava trazer as aventuras do personagem para um mundo mais realista e deixar de lado brincadeirinhas desnecessárias. Ponto interessante fica por conta do filme levar o nome da obra homônima, mas contar com elementos de outro livro, Risico, presente em seu roteiro. 

Os acontecimentos do filme giram em torno da missão de Bond de recuperar uma aparelho chamado ATAC. O dispositivo serve como um controlador da frota de submarinos e está sendo desejado, também, pelos soviéticos, que contrataram um contrabandista para tentar capturá-lo. A grande verdade é nem os ingleses e muito menos os soviéticos podem se envolver para não afetar o equilíbrio da Guerra Fria. Bond recebe neste caso a ajuda da filha dos arqueólogos, mortos, que foram contratados para ajudar  MI6 na missão.

A direção é sim o grande destaque desta película. John Glen de fato consegue segurar o humor de Roger Moore e consegue entregar um Bond sério e envolvido em acontecimentos concisos. A ação está na medida certa e da forma que nos acostumamos a ver durante até então 11 produções. As filmagens são muito bem aproveitadas bem como as localizações escolhidas, que dão todo aquele ar de uma produção do agente secreto.

O que é fato é que nem tudo são rosas por aqui e a presença de uma personagem chatinha quase pôs tudo a perder. Na verdade o começo da trama é um pouco confusa e mal elaborada, mas no momento certo Glen conseguiu se reencontrar e encaminhar um filme para um final digno e interessante. Outra má notícia é que Bernad Lee, o ator que viveu M em todos os antecessores, faleceu no começo das filmagens e por respeito a seu empenho os produtores preferiram não contratar ainda um substituto. 

Há também por aqui uma tomada interessante. Quem assiste aos filmes de Bond sabe que as tomada pré-créditos são sempre eletrizantes e que marcam o fim de uma missão uma tarefa bem executada por ele. Desta vez a série faz uma espécie de volta ao passado e cita a personagem Tracy Bond, com quem o agente foi casado durante 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade. Além de Tracy, vemos um homem careca e em uma cadeira de rodas, que grita sem parar que tenta matar o personagem faz muito tempo. Lógico que isso é uma referência a Blofeld e um fechamento da história da S.P.E.C.T.R.E.

Não venho a dizer que estamos diante de um dos melhores filmes de Bond, mas estamos diante de uma produção legal, mais séria e interessante para o espectador mais exigente. A direção foi tão marcante que Glen ficou em seu cargo ainda pelos quatro filmes seguintes.


Trailer do Filme:

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