Está cada vez mais frequente ir ao cinema para assistir um filme e só encontrar opções dubladas. Não que eu tenha algo contra quem prefere a opção de áudio em português, mas me sinto no direito de poder escolher o que vou assistir! Cada dia fica menor a quantidade de longas que posso conferir em seu áudio original e, a depender do filme, principalmente animações, não se encontra nenhuma opção legendada.
É fato que a cultura é para todos e a arte deve ser apreciada por todos. Ouvi nossa presidenta soltar o clichê dos clichês na televisão outro dia : “ A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Por que eu estou falando disso? As distribuidoras estão partindo do pressuposto de que a classe “C” está em ascensão e descobrindo novos meios de diversão. Segundo uma matéria, absurda, que conferi da revista Época essa classe está acostumada a ver filmes dublados na televisão aberta e por isso mesmo teria a preguiça de ler legendas.
Já tive a oportunidade de conviver com uma pessoa dessa classe, que é completamente apaixonada por filmes, mas que se recusava a assistir qualquer cópia que não fosse dublada. Tentei por muitas vezes fazê-la conferir um filme com legendas, mas em quase 4 anos de convivência não tive êxito. É a opinião dela, é a vontade dela e eu respeito. Outras pessoas, que também se enquadram aqui, com certeza podem pensar diferente!
Tudo que quero é a opção de escolha e “direitos iguais”. Essa discussão a respeito do pensamento de classes, entre outras coisas, é preconceituosa.
Este é um desabafo. Talvez eu não cause a repercussão de uma grande mídia, mas todo mundo quando criança ouviu falar da história do beija-flor e eu, assim como ele, sou alguém que está fazendo o seu papel.
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