Crítica: O Legado Bourne ( The Legacy Bourne)

8 de setembro de 2012 2 Comente Aqui!


A identidade Bourne”, “A Supremacia Bourne” e “O Ultimato Bourne” formam juntos uma das melhores franquias de ação de todos os tempos. A trilogia, estralada originalmente por Matt Damon, se encerraria em 2007 e naquela época o diretor Paul Greengrass deixava bem claro que estava encerrando uma trama e que qualquer novidade seria algo paralelo aos acontecimentos. Confirmando este pensamento, o até então roteirista, Tony Gilroy, decidiu aproveitar o "mundo" criado em torno de Bourne para expandir os fatos e partir da premissa de que existem mais membros no programa do governo.

A nova trama gira em torno de Aaron Cross, um agente que fez parte do misterioso programa chamado Treadstone e passou pelo mesmo tipo de recrutamento de Bourne. Os problemas causados com Bourne fazem com que o governo decida limpar todos os agentes do programa, mas não conseguem se livrar de Cross, que se junta a médica Marta, mais uma que deveria ser assassina, e parte em busca de respostas e em uma jornada de sobrevivência.

Por um momento cheguei a achar que iria conferir apenas uma nova roupagem de Identidade de Boune, quando teríamos um antigo membro em busca de respostas e causando enormes problemas para o governo, mas os acontecimentos vão além e boa parte do filme se gasta na intenção de recolocar o espectador no universo do filme e apresentar novos fatos dele, como por exemplo a forma com que o agentes eram aperfeiçoados e o motivo deles terem essa força fora do comum. É exatamente deste pressuposto que surge a grande diferença entre os diretores e as produções. Gilroy torna a narrativa mais lenta e trabalha mais o lado de espionagem e diálogos. A ação está presente, mas já não é o ponto forte do longa. Outra mudança é nas características do protagonista, que se torna um ser mais social e comunicativo e deixa de ser simplesmente uma máquina de guerra.

Um ponto muito positivo do longa é a presença de Jeremy Renner como protagonista. O ator pouco a pouco vai mostrando todo o seu talento, que despontou junto ao filme Guerra ao Terror, ganhador do Oscar de seu ano. Renner já esteve atuando bem nos filmes O Vingadores e Atração Perigosa e chega a ser cogitado como futuro protagonista de Missão Impossível, depois de sua bela participação no quinto filme. Já é comprovado que sua veia para a ação é firme e competente. Rachel Weisz consegue acompanhar e não compromete em sua interpretação, mas não chega a nada notável. Edward Norton é outro que aparece bem, mas que ainda não teve muito espaço para brilhar. Aguardamos nas sequências que apresente todo seu talento.

Posso dizer então que confesso estar surpreso com a condução que deram ao filme. Está nítido que haverá uma continuação e torço para que haja um encontro entre Damon e Renner, pois seria incrível. Aproveito a oportunidade para dizer que é bom, apesar de não atrapalhar muito, dar uma revisitada, pois o longa faz questão de estar no mesmo ambiente e lembrar de fatos do passado. O Legado Bourne é a grata surpresa do ano até o momento.


Trailer do Filme:



2 Comente Aqui! :

  • J. BRUNO disse...

    Eu estou curioso m relação a ele, sou um fã confesso da franquia e acho o terceiro filme dela uma obra prima do gênero. Seria legal mesmo um encontro numa produção futura entre o personagem do Renner e o do Damon... Ótimo texto Tiago!

    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/09/in-treatment.html

 
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