Crítica: Dredd (Dredd 3D)

23 de setembro de 2012 0 Comente Aqui!

Entra em cartaz nessa semana a nova adaptação para os cinemas de Juiz Dredd. O novo filme de nome Dredd é mais fiel as histórias originais dos quadrinhos do que aquele projeto tosco protagonizado por Sylvester Stallone nos anos 90. A intenção do estúdio era produzir algo que tentasse superar o trauma do fracasso do filme anterior que custou 90 milhões de dólares e arrecadou um pouco mais de 1\3 do seu orçamento inicial.

Mesmo tendo recebido um recepção mais positiva de público e crítica do que o projeto anterior essa nova adaptação de Dredd também teve o seus percalços. Depois de terminar as filmagens o diretor Peter Travis (Ponto de Vista) foi dispensado do projeto, o motivo foi diferenças criativas irreconciliáveis. Os produtores então entregaram a edição nas mãos do roteirista Alex Garland (Extermínio). Ao contrário do que era de se esperar esse problema não aprece no resultado final do longa, que deve agradar os fãs e leigos.

O longa é estrelado por Karl Urban (Padre, Red - Aposentados e Perigosos) que tem participado de vários filmes de ação e em especial adaptações para o cinema de games e HQs. Nesse projeto ele manda bem, conseguindo se encaixar muito bem no personagem. Além dele o filme ainda conta com a presença das belas Olivia Thirlby (O Solteirão, Sexo Sem Compromisso) que faz a novata Anderson em seu primeiro dia como juiz e Lena Headey (300) vivendo a vilã Ma-Ma. Hoje em dia a Lena é mais conhecida por sua participaçõe como Cersei Lannister no seriado Game of Thrones.

Em Dredd, o mundo se transformou bastante depois da guerra nuclear e as cidades hoje são verdadeiros reinos intermináveis de concreto onde os fracos sofrem nas mãos tiranas e violentas das gangues. Nas ruas de Mega City One, um dos últimos oásis da civilização em meio a grande área desértica conhecida como Terra Maldita, Judge Dredd (Karl Urban) é a lei. Ele é o mais temido dos juízes, os únicos com poder de fazer infratores cumprirem a lei e executá-los se necessário. Ele é então designado para acompanhar a recruta Anderson (Olivia Thirlby) em seu primeiro dia de trabalho no combate ao crime e avaliar se ela tem os atributos necessários para ser mais um defensor da lei nesse futuro extremamente violento.

A grande diferença entre as duas adaptações e o fator de sucesso desse novo projeto centrado no universo cyberpunk de Dredd é realmente a fidelidade com o tom mais sombrio e violento das HQs do herói. Enquanto o longa estrelado por Stallone tinha uma trama bem medonha e tentava ser engraçado, chegando a inclusive a incluir a presença de um personagem estrelado por Rob Schneider para funcionar como elemento cômico da história e outra vivida por Diane Lane que vira a sua namoradinha. Já o novo filme é muito mais sério e tão violento quanto os quadrinhos, chegando inclusive a ganhar classificação restrita para menores de 18 anos aqui e nos EUA.

De certa forma o estúdio preferiu apostar em não modificar as premissas básicas do personagem e do seu mundo, priorizando enxugar o orçamento e o roteiro de exageros desnecessários que tanto machucam as adaptações de outras mídias (livros, quadrinhos e games) quando estas chegam as telas de cinema. Dredd é uma boa pedida para fãs de quadrinhos ou filmes de ação com doses cavalares de ketchup, uma produção sem "firulas" e que pelo sucesso que vem fazendo já levou ao estúdio a planejar algumas sequências.


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